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domingo, 27 de janeiro de 2013

CINEMA – Jack Reacher: O Último Tiro (por Marcio Quintella)

Ethan Hunt + Claus von Stauffenberg = Jack Reacher


     Por que eu fiz a curiosa soma acima? Bem, acredito que, se somarmos as qualidades do público e notório personagem de Missão Impossível com as do militar de Operação Valquíria, teremos algo bem próximo da personalidade de Jack Reacher, figura principal do filme homônimo, estrelado por Tom Cruise. Nele, Reacher é um andarilho que não tem ponto fixo de parada, está sempre em movimento, sem se comprometer com coisa alguma. Mas ele tem que interromper sua jornada ao “nada” para ajudar um conhecido que foi acusado de matar cinco pessoas a esmo e que, agora, pede que Reacher faça algo por ele.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CINEMA – O Impossível (por Marcio Quintella)


Nem Tão Fundo, Nem Tão Raso.

     Tragédias pessoais sempre nos transportam para o coração de quem as viveu, de uma forma mais intensa ou não. Sendo assim, às vezes podemos sentir quase que na pele o drama pelo qual elas foram submetidas, suas angústias, medos e perdas pessoais.
     O Impossível nos faz viver um pouco algumas dessas emoções, ao contar a improvável história de uma família que é vítima de uma das maiores tragédias naturais do mundo contemporâneo: o tsunami ocorrido do Oceano Índico, no dia 26 de dezembro de 2004. De férias na Tailândia, Maria (Naomi Watts), Henry (Ewan McGregor) e seus três filhos são pegos de surpresa pelas enormes ondas que devastam o resort em que estavam hospedados, sendo separados uns dos outros. Maria e Lucas, o filho mais velho (vivido por Tom Holland), são arrastados para um lado da ilha de Pukhet, e Henry encontra os dois filhos, Thomas e Simon, e são jogados para uma parte oposta. Começa aí o relato cruel de uma busca incessante de uma família ao reencontro, sem saber se marido, esposa e filhos estão vivos.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CINEMA – O Hobbit – Uma Jornada Inesperada (por Marcio Quintella)

Personagens Diferentes, Numa Jornada Similar


     Confesso que nunca fui afeito à obra de J.R.R. Tolkien. Não li a trilogia d’O Senhor dos Anéis, tampouco seu antecessor, O Hobbit, que agora é levado às telas pelo mago das histórias fantásticas, Peter Jackson, que há havia traduzido em filmes toda a saga de Frodo, Sam, Gollum & Cia. Ltda.
     Dessa vez, Jackson nos conta a história que vem antes, que é narrada por Bilbo Baggins a Frodo, em forma de livro. A história conta a jornada (mais uma!!!) de Bilbo e um grupo de anões, que querem reaver suas terras, tomadas por um demoníaco dragão chamado Smaug. Para resumir o drama, essa jornada só terá fim, provavelmente, no terceiro (sim, haverá mais DOIS filmes!) e último episódio d’O Hobbit.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CINEMA – Argo (por Marcio Quintella)

Assim É Se Lhe Parece

     O terror, como forma de intimidação. O terror, como forma de sobrepujância. O terror que é mostrado por grupos e facções ao redor do mundo sempre causa desconforto, raiva, medo. Mas não é para fazer uma análise geo-política que estou escrevendo essas linhas iniciais. Isso serve para ilustrar um pouco a história de Argo, dirigido e estrelado por Ben Affleck.
     Na década de 80, a revolução no Irã estava “bombando”, e os radicais islâmicos queriam a rendição e retorno imediato do Xá Reza Pahlavi. Pelo fato dele ter o apoio de americanos e ingleses, a embaixada dos EUA foi invadida por rebeldes islâmicos. Seis funcionários conseguem escapar e pedem asilo na embaixada do Canadá, onde permaneceram escondidos, na condição de refugiados e “criminosos contra o Islã”. É aí que o agente da CIA Tony Mendez, com vasta experiência em resgate (no filme, chamado de “exfiltração”), surge com a ideia de produzir um filme, com locações no Irã, e fazer dos refugiados a equipe técnica da produção de Argo, a suposta ficção científica que será filmada no país do Aiatolá.

domingo, 11 de novembro de 2012

CINEMA – 007 Operação Skyfall (por Marcio Quintella)


O BOND da História Volta à Estaca Zero.


     Uma dia, tudo acaba. No cinema, essa regra não é tão radical assim. Às vezes, as histórias, as personagens, muitas situações podem ser recontadas e voltar ao seu ponto inicial.
     Em sua 23ª aventura, James Bond se vê frente a frente com suas origens e sua vida um tanto quanto nebulosa. Afinal, agente secreto que se preze não tem passado e, tampouco, futuro. Bond é isso, um agente que só tem um rosto, uma missão a cumprir, um objetivo, um modo de vida...Dessa vez, ele tem que cumprir a árdua tarefa de resgatar sua superior, a inabalável M, e encarar mais um vilão sórdido, mas dessa vez sob a ótica do fator humano. Sem as traquitanas tecnológicas a que está acostumado, ele tem que se contentar com dois “presentes” dados pelo novo Q, dessa vez um nerd que, como ele mesmo se auto-define, “pode causar um estrago com seu Notebook deitado na cama, de pijamas”.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

CINEMA – Ted (por Marcio Quintella)


Altos e Baixos de se ter um amigo...urso.


     Responda rápido: quantos amigos você tem, de verdade ? Amigos do tipo que nunca te viram as costas, estão sempre dispostos a compartilhar tudo e são quase que seu espelho, em tudo o que você faz. Complicado, né ?
     Pois John Bennet, o personagem principal de Ted, essa comédia escrachada que joga em nossa cara cenas cruas e totalmente sem princípios, um dia teve esse desejo e criou para si o estereótipo do amigo perfeito, que nunca falha, e está sempre junto com você, pro que der e vier. O resultado foi um amigo urso, que criou vida a partir de momento “mágico” na vida dele, que é responsável por sua formação moral e construção de valores pessoais que cercam a vida de muitos americanos. Só que totalmente ao contrário. Ted é desbocado, obcecado pelo sexo em suas variadas formas, bebe, fuma e tem opiniões sobre todos os assuntos, ou seja, uma personalidade complexa e sem escrúpulos.

domingo, 23 de setembro de 2012

CINEMA – Mercenários 2 (por Marcio Quintella)

240 Anos de Tiros, Socos e Muitas Explosões !


     Pois é, me dei ao trabalho de contabilizar o tempo de carreira de cada um dos mercenários do elenco, para chegar nesse total (o certo seria 241 anos, mas arredondado fica mais “elegante”). No caso dos mais novos, Terry Crews, Randy Couture e Liam Hemsworth, o número não foi tão expressivo (16 anos), mas serviu pra engordar o valor final.
     O diretor Simon West é um cara de talento. Seu primeiro filme, Con Air – A Rota da Fuga, foi um sucesso e uma enxurrada de adrenalina na tela. Depois vieram outros como A Filha do General, Tomb Raider e o remake de Assassino a Preço Fixo, clássico da década de 70 estrelado originalmente por Charles Bronson.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

CINEMA - Os Vingadores (por Marcio Quintella)

Um Por Todos, Todos Por Um !

     Ok, ok, tudo bem, a frase é de outra obra, Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, independente do número de vezes que ela foi adaptada para o teatro, cinema, quadrinhos ou outro veículo de comunicação. Somente quis iniciar essa postagem fazendo um “resumão” do que vi no cinema, uma turma nunca antes reunida com essa formação, cada um com suas habilidades completando-se numa equipe pra lá de radical. E olhem que eu não conheço muita coisa dos quadrinhos Marvel, mas o filme me deu a impressão de estar numa das histórias, com direito a um roteiro que caberia com honras numa das publicações dessa fábrica de heróis.
     De início relutantes e confusos, os Vingadores vão se encontrando e dando rumo a seus passos nessa trama, que se inicia quando o arqui-inimigo da hora, Loki, decide passar o rodo no planeta. Agora vamos combinar uma coisa: um cara que parece que usa pó compacto e brilho labial, veste uma capa meio saia e um capacete com um par de chifres teve problemas na infância, com certeza, e não pode ser chamado de vilão. Loki e uma horda de esparros decidem por fim aos terráqueos, mas, para isso, vão ter que enfrentar Homem de Ferro, Thor, Hulk & Cia. Ltda.

sábado, 14 de abril de 2012

CINEMA – Xingu (por Marcio Quintella)

Uma Saga Que Merece Respeito !


     Muito da história do Brasil talvez ainda não seja de conhecimento do povo brasileiro. Xingu vem de encontro à necessidade de contar a história dos irmãos Villas Boas e sua luta pela humanização dos índios e das tribos das quais eles faziam parte, pois a grande maioria de nós desconhece essa passagem de nossa história.
     Nos idos da década de 40, três irmãos idealistas decidem partir com a Expedição Roncador-Xingu rumo ao Brasil Central. Orlando, Cláudio e Leonardo abandonam o conforto de suas vidas para se embrenharem no mato e arriscar suas vidas (eles tiveram mais de 200 crises de malária !) em prol da criação de um espaço para as tribos indígenas que ali habitavam, que mais tarde viria a se tornar o Parque Nacional do Xingu.

domingo, 11 de março de 2012

CINEMA - A Invenção de Hugo Cabret (por Marcio Quintella)

Cinema Que Homenageia o Cinema Que Emociona o Cinema !


     Quando assisti a Cinema Paradiso, pensei que nunca mais veria uma homenagem tão fabulosa ao cinema. Estava enganado. Hugo, que por aqui teve o indevido nome de A Invenção de Hugo Cabret, é uma declaração de amor ao cinema embrião, o cinema feito com poucos recursos, mas com muita sensibilidade. Cinema feito por aqueles que acreditavam que, um dia, a sétima arte apaixonaria milhões de pessoas, com suas histórias mágicas e truques bem elaborados.
     O universo do pequeno Hugo Cabret é construído em cima de um sonho que vai tomando forma à medida que a realidade se apresenta ao protagonista do filme. E, para construir a realidade tão desejada, ele conta com um amigo especial, o recluso cineasta Georges Méliès. Através da lente humana de Méliès, Hugo vai conhecendo os segredos do legado deixado por seu pai (uma passagem simples mas marcante de Jude Law).

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CINEMA - Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (por Marcio Quintella)

Lambretinha Apagada...


     Recentemente, Nicholas Cage deu uma entrevista afirmando que dará mais ênfase em papéis com espírito mais crítico. Deus te ouça, Cage, Deus te ouça, porque nesse último trabalho que aterrisou por aqui, Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança, não vi nada de autoral, ou de cunho social, ou coisa que valha. Muito pelo contrário, é um filme que pode até ter mais ação do que sua origem, mas em nada se compara em termos de história, e até distorce um pouco fatos narrados no primeiro filme.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

CINEMA - Os Descendentes (por Marcio Quintella)

Nada É O Que Parece !


     O tema “dramas de família” já foi explorado diversas vezes no cinema, em filmes como Kramer x Kramer, Gente Como a Gente, Laços de Ternura e Beleza Americana, todos com suas histórias sobre momentos distintos de uma família americana, no caso.
     Mas se é para falar de drama, não contem com o Sr. Alexander Payne, que já nos brindou com Sideways – Entre Umas e Outras, literalmente. Os Descendentes, seu último trabalho, conta a história de um homem comum, Matt King, e seus vários dilemas: a doença de sua esposa, a relação com as filhas problemáticas e tomar uma importante decisão que pode afetar a vida de habitantes de uma das ilhas do Havaí, que nos é mostrado do ponto de vista humano, e não turístico, sem suas praias paradisíacas e cinematográficas. Ou seja, uma boa propaganda contra o estado, tipo "NÃO VENHA AO HAVAÍ !". O roteiro de Payne e Nat Faxon é até bem escrito, mas daí a ser uma preciosidade...

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CINEMA - As Aventuras de Tintim (por Marcio Quintella)

Simples ? Sim ! Perfeito ? Quase...


     Dos quadrinhos para a tela. É uma equação simples, certo ? Eu diria que Spielberg QUASE acertou. Utilizando a mesma técnica com que foi feito Avatar, As Aventuras de Tintim coloca o jovem herói e seu inseparável amigo Milu, criados pelo cartunista belga Hergé, na tela grande e não decepciona os fãs que já conheciam suas peripécias dos quadrinhos. E está aí, talvez, a única falha do filme.
     Dirigido por Steven Spielberg e com produção de Peter Jackson, ou seja, nomes que dispensam apresentações de seus currículos, o filme se baseia em três livros distintos: O Caranguejo das Tenazes de Ouro, O Segredo do Licorne e O Tesouro de Rackham, O Terrível, onde o terceiro é continuação do segundo. O roteiro de Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish faz um entrelaçado dessas histórias para mostrar o início da amizade entre Tintim e o Capitão Haddock e, também, para explicar a trama que envolve a descoberta do tesouro de Rackham. Por conta disso, talvez algumas cenas tenham sido exageradas e sem explicação. Como eu conheço as histórias, não escreverei aqui para não perder a graça.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

CINEMA - Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras (por Marcio Quintella)

Chega, né ?


     Os primeiros e ótimos filmes de Guy Ritchie deram o tom de seu trabalho, num misto de videoclipe com cenas de cortes rápidos, câmera lenta, fundo musical variado...Após outros trabalhos vieram Rock’n’Rolla e a primeira versão do diretor para a história de Sherlock Holmes, que nos brindou com um personagem de características tão diversas e sui generis quanto o roteiro desse filme. A segunda aventura do detetive inglês, Sherlock Holmes 2: O Jogo de Sombras, transforma o personagem principal num misto de Rambo, Yoda e Houdini. Ah ! E também um pouco de Sherlock Holmes !
O problema é que Ritchie resolveu, num surto de delírio de grandeza, dar mais valor à ação física do que à cerebral. Se no personagem original a marca registrada era o raciocínio e a lógica, nesse filme o que prevalece é a força e habilidades físicas, sem tempo para pensar, deduzir, concatenar idéias e fazer conclusões exatas. Podemos dizer que Holmes virou um Ethan Hunt do século dezenove. E recheou o filme com cenas extremamente desnecessárias e que não acrescentam em nada à trama, como, por exemplo, a perseguição na floresta, uma pura exibição de tudo o que o diretor já mostrou em trabalhos anteriores.

domingo, 15 de janeiro de 2012

CINEMA - Cavalo de Guerra (por Marcio Quintella)

E Spielberg Não Caiu do Cavalo !


     Steven Spielberg já nos fez chorar várias vezes. Já nos emocionamos na despedida entre um extraterrestre e seu amigo terráqueo em E.T., já derramamos lágrimas de revolta contra o racismo em A Cor Púrpura e já gritamos de ódio diante da intolerância alemã contra os judeus em A Lista de Schindler. Cavalo de Guerra, seu mais recente trabalho, traduz de forma emocionante o significado da amizade entre um animal e seu dono, fazendo com que nossa garganta dê um nó quase desatável. O filme conta a história de Joey, um cavalo puro-sangue, e seu dono, o jovem Albert Narracot. Os dois vão solidificando uma relação homem x animal intensa, que é abruptamente interrompida pela ida de Joey para a guerra. A partir daí, desenrolam-se na tela as aventuras e agruras pelas quais passa o simpático eqüino.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CINEMA - Missão Impossível: Protocolo Fantasma (por Marcio Quintella)

Pelo menos, É Melhor do Que o Segundo...


     Não podemos mudar muito a essências de filmes de espionagem: intrigas, planos mirabolantes, disfarces...Missão Impossível: Protocolo Fantasma estaria nessa categoria se não fossem as taquicárdicas cenas de ação que recheiam o filme. Por elas, MI4 não pode muito ser considerado como de espionagem, como foi o excelente embrião, dirigido por Brian de Palma.
     Nesse filme, Ethan Hunt se vê novamente envolvido numa trama que o joga na latrina, tendo que consertar tudo de forma rocambolesca, com planos bem urdidos e junto à equipe que o ajudou. Dessa vez, os imprevistos foram bem elaborados, e sair deles foi a grande sacada desse episódio na franquia.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CINEMA - A Casa dos Sonhos (por Marcio Quintella)

Insônia...


     O diretor Jim Sheridan já nos deu bons filmes: Meu Pé Esquerdo, Em Nome Do Pai e O Lutador (todos estrelados por Daniel Day-Lewis) são alguns deles. Pena que nem todos trabalhem com uma certa regularidade com relação à qualidade de seus trabalhos, e A Casa Dos Sonhos é uma prova disso. Tomando como base alguns velhos clichês de filmes de suspense, Sheridan nos mostra algo que nem assusta, nem provoca outras sensações, apenas nos deixa com a impressão de que algo passou em branco e nem notamos.
     Com a velha máxima “família se muda para uma casa onde outrora ocorreu um crime sanguinolento”, A Casa Dos Sonhos conta a história de Will Atenton, que vai experimentar uma nova vida ao lado da família “perfeita”. O local, a princípio uma forma de reconstruir sua vida, passa a ser palco de passagens mais do que esquisitas. Velhos chavões como “há alguém lá fora”, “ouço barulhos no porão” e “porque ninguém me diz o que realmente aconteceu” vão perseguindo o personagem até o desenlace final, onde tudo é explicadinho, mas nem tão convencidinho. O roteiro de David Loucka não ajuda muito, e algumas pontas ficam soltas e confusas. O filme patina feio em alguns momentos e certas cenas são realmente desnecessárias.

sábado, 5 de novembro de 2011

CINEMA - O Palhaço (por Marcio Quintella)

E o Palhaço, o que é ? Leiam, que vale a pena !


     Palhaço, clown, bufão, saltimbanco...Muitos nomes, vários rostos, um só olhar, numa só direção: o público.
     Conheci muitos palhaços na vida: Carequinha, Arrelia, Piolim, outros não tão famosos, mas que possuíam a magia de transformar a triste face de uma criança num espelho de felicidade. Às vezes podiam estar com o coração triste, mas o que emanava de seu semblante era algo iluminado.
     E a história de O Palhaço é sobre um artista com a alma triste e incompleta. Benjamin, cujo alter-ego é o palhaço Pangaré, é um homem perdido que busca uma razão para voltar a sorrir, afrontado por sonhos que possuem o alívio para sua agonia, numa catarse quase que felliniana. Cercado desses fantasmas, ele vai procurar, fora de seu mundo, uma solução para o que lhe aflige.

sábado, 22 de outubro de 2011

CINEMA - Gigantes de Aço (por Marcio Quintella)

Rockyyy Robôôôa !


     Nos créditos de Gigantes de Aço aparecem os nomes de Steven Spielberg e Robert Zemeckis como produtores executivos, entre outros. Mas eu acho que o nome de Sylvester Stallone também deveria ser incluído nessa lista, pois o filme é, praticamente, uma colagem de muitos de seus trabalhos no cinema.


     Baseado no livro Steel, de Richard Matheson, Gigantes de Aço narra a história de Charlie Kenton, que ganha a vida tentando emplacar robôs treinados para lutarem em ringues outrora freqüentados por seres humanos, e sua relação com o filho que acaba de conhecer. Os dois descobrem um robô num ferro-velho e tentam fazer dele um campeão em potencial, seguindo a velha máxima da “superação nos momentos mais difíceis”. Apesar de ser ambientado no ano de 2020, o filme pouco mostra o que seria um suposto futuro daqui a nove anos. Tudo bem que não está tão longe assim, mas isso deveria ter sido mais bem explorado, talvez com tecnologias ainda incipientes, ou artifícios que possam beneficiar a humanidade. Enfim, Shawn Levy perdeu uma boa chance de profetizar algumas tendências. Diretor de pérolas como  Pantera Cor de Rosa e Doze é Demais, Levy pode ser perdoado pelo seu trabalho em Uma Noite Fora de Série e Uma Noite no Museu. Apesar do que, em Gigantes de Aço ele também não deixa o filme desandar, apoiado no roteiro meio óbvio de John Gatins.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CRÍTICA - Temple Grandin

Que bom que você existe, HBO!

Pois é amigos, o mundo pode estar sendo tomado por "ô manolo" e "massa véio" da vida... mas existe uma resistência pro entretenimento inteligente que consegue enxergar por cima do imenso muro de mentalidades neobobices que se nutrem com a internet. Se há na indústria uma preocupação em agradar massas (quantidade significa dinheiro) nivelando por baixo com fórmulas mastigadíssimas, HBO é um oásis onde podemos nos divertir sem sermos ofendidos. As vezes a ousadia se traduz em sexo e violência (que graças a boa maestria da HBO é sempre dentro de um contexto) outras vezes em contar uma história que em tese, teria pouco atrativo. Por exemplo,  o que diabos é Temple Grandin e por que eu pararia pra assistir isso?

Claire Danes (Exterminador do Futro 3) interpreta a história real da autista Temple Grandin. Se de cara você se afasta porque um tema "história real" envolvendo drama e doença é promessa de firulas, exageros, chororôs e acima de tudo um filme chato, tô contigo. E por isso mesmo fiquei fisgado já que o filme passa longe disso. Sim, Temple é autista, sua dificuldade de comunicação é enorme e ela ainda lida com uma coisa do qual eu não tenho a menor afinidade: criação de gados. A direção de Mick Jackson te carrega pela história fazendo uso de gráficos bem simples e dinâmicos pra gente entender como é a visão da Temple.