terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CINEMA – Argo (por Marcio Quintella)

Assim É Se Lhe Parece

     O terror, como forma de intimidação. O terror, como forma de sobrepujância. O terror que é mostrado por grupos e facções ao redor do mundo sempre causa desconforto, raiva, medo. Mas não é para fazer uma análise geo-política que estou escrevendo essas linhas iniciais. Isso serve para ilustrar um pouco a história de Argo, dirigido e estrelado por Ben Affleck.
     Na década de 80, a revolução no Irã estava “bombando”, e os radicais islâmicos queriam a rendição e retorno imediato do Xá Reza Pahlavi. Pelo fato dele ter o apoio de americanos e ingleses, a embaixada dos EUA foi invadida por rebeldes islâmicos. Seis funcionários conseguem escapar e pedem asilo na embaixada do Canadá, onde permaneceram escondidos, na condição de refugiados e “criminosos contra o Islã”. É aí que o agente da CIA Tony Mendez, com vasta experiência em resgate (no filme, chamado de “exfiltração”), surge com a ideia de produzir um filme, com locações no Irã, e fazer dos refugiados a equipe técnica da produção de Argo, a suposta ficção científica que será filmada no país do Aiatolá.

     Ben Affleck conseguiu captar bem a essência do ocorrido, dando um tom de suspense e documentário à produção, em alguns momentos. Imagens “pinçadas” daquela época dão uma visão extremamente realista ao filme, que expõe algumas fragilidades da CIA e do governo americano, com relação a essa missão. O roteiro de Chris Terrio é bem conduzido e não deixa pontas soltas pelo caminho, e o filme ainda conta com uma trilha sonora composta por “medalhões” da década de 80, tais como Sultans of Swing, do Dire Straits, Dance The Night Away, do Van Halen e When The Leeve Breaks, do Led Zeppelin.     No elenco, além de Affleck, que está muito bem no papel do agente Tony Mendez, Alan Arkin e John Goodman, nos papéis dos integrantes da equipe de produção (John Chambers, interpretado por Goodman, recebeu um Oscar Honorário pelo trabalho em O Planeta dos Macacos), Bryan Cranston e Scoot McNairy, entre outros, ajudam a fazer de Argo um filme para lembrar que o terror e o radicalismo podem e devem ser enfrentados.

Nota: 9 atmospheras !

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