segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CINEMA - Missão Impossível: Protocolo Fantasma (por Marcio Quintella)

Pelo menos, É Melhor do Que o Segundo...


     Não podemos mudar muito a essências de filmes de espionagem: intrigas, planos mirabolantes, disfarces...Missão Impossível: Protocolo Fantasma estaria nessa categoria se não fossem as taquicárdicas cenas de ação que recheiam o filme. Por elas, MI4 não pode muito ser considerado como de espionagem, como foi o excelente embrião, dirigido por Brian de Palma.
     Nesse filme, Ethan Hunt se vê novamente envolvido numa trama que o joga na latrina, tendo que consertar tudo de forma rocambolesca, com planos bem urdidos e junto à equipe que o ajudou. Dessa vez, os imprevistos foram bem elaborados, e sair deles foi a grande sacada desse episódio na franquia.

     A direção de Brad Bird, oriundo de excelentes animações como Os Incríveis, Ratatouille e UP, dá músculos ao roteiro de Josh Appelbaum, André Nemec e Bruce Geller, este último um dos responsáveis pela criação da série homônima da televisão.
Querendo gerar momentos radicais no filme, Bird preocupa-se com cenas impecáveis, mas que quase não agregam ao conteúdo, apesar de serem extremamente bem elaboradas, com destaque para a escalada do hotel em Dubai e a tempestade de areia no mesmo local. Mantendo o ritmo frenético, o diretor consegue manter um padrão linear de ação, fechando o filme de forma similar a todos os outros, se isso for novidade para aqueles que já assistiram às outras produções. Resumindo: não surpreende, mas não compromete. Mas é por demais superior ao segundo filme, do chatíssimo John Woo.
O elenco, encabeçado pelo já não tão rentável Tom Cruise, é competente: Jeremy Renner, o hilário Simon Pegg, Léa Seydoux e a estonteante Paula Patton, que provoca frissons até numa estátua grega. E também a atuação relâmpago de Josh Holloway, entre tantos outros que compõem o time.
Para finalizar, um protesto significativo: a mudança do arranjo da música original, composta por Lalo Schifrin, e reinventada por Michael Giacchino. Por esse lamentável fato...


Nota: 7,5 atmospheras !

Nenhum comentário:

Postar um comentário