Muito da história do Brasil talvez ainda não seja de conhecimento do povo brasileiro. Xingu vem de encontro à necessidade de contar a história dos irmãos Villas Boas e sua luta pela humanização dos índios e das tribos das quais eles faziam parte, pois a grande maioria de nós desconhece essa passagem de nossa história.
Nos idos da década de 40, três irmãos idealistas decidem partir com a Expedição Roncador-Xingu rumo ao Brasil Central. Orlando, Cláudio e Leonardo abandonam o conforto de suas vidas para se embrenharem no mato e arriscar suas vidas (eles tiveram mais de 200 crises de malária !) em prol da criação de um espaço para as tribos indígenas que ali habitavam, que mais tarde viria a se tornar o Parque Nacional do Xingu.
Cao Hamburger, um diretor cujos trabalhos em cinema se resumem a Castelo Rá-Tim-Bum e o ótimo O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, assina o ótimo roteiro, livremente inspirado no livro A Marcha Para o Oeste, em conjunto com Elena Soarez e Anna Muylaert, e mostra que Xingu é uma história poderosa e digna de ser levada às telas.
O elenco, obviamente, se resume ao núcleo dos três irmãos Villas Boas, representados por Felipe Camargo, João Miguel e Caio Blat, respectivamente Orlando, Cláudio e Leonardo, e ainda conta com Maria Flor, Augusto Madeira, Fábio Lago e um grupo de atores de origem indígena.
Enfim, um filme que não deve passar em branco, e que deve ter seu valor reconhecido, pela luta que, até hoje, sustenta a permanência do Parque Nacional do Xingu em sua essência original, desde que foi criado por esses três heróis brasileiros.
Nota: 8 atmospheras !
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