O Estado da Arte do Jazz.
Começou na última terça-feira (02/08), e vai até o dia 28 de setembro a exposição Queremos Miles, que comemora 20 anos do falecimento do monstro sagrado do trompete no jazz, Mile Davis.
Criada pela Cité de La Musique, em Paris, a exposição compreende a exibição de mais de 300 peças, desde gravações, vídeos, instrumentos e partituras, cedidas por familiares, colecionadores e parceiros.
Ícone da era de ouro do jazz, Davis foi um dos músicos mais influentes do século XX, sendo um dos responsáveis pela criação do jazz modal e do jazz fusion. Através dele, grandes nomes da música foram projetados, tais como Chick Corea, Herbie Hancock, John Coltrane, Wayne Shorter e John McLaughlin.
Não sou um fã inveterado de Miles Davis, mas vale a pena conhecer um pouco da vida e da obra desse artista ímpar em seu estilo musical.
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sábado, 6 de agosto de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
Crítica - RIO
Encanto azul!
Leio críticas, claro. E uma delas acabou me convencendo de que Rio configurava o que eu temia e particularmente detesto: o reforço de equivocados arquétipos americanos sobre o Brasil/Rio de Janeiro. De que havia o "malandro", o sujeito de cartola branca e bengala, carnaval acontecendo o ano inteiro... esse tipo de coisa. Com base na crítica que li, abri mão de ver RIO e confesso, só fui assitir porque ganhei ingressos de cortesia.
E aconteceu até uma coisa além da minha má vontade influenciada: confundi o horário, a funcionária do Cinemark (que aliás, recomendo cada vez menos) mal conferiu o ingresso e entrei na sala de cinema nos 20 minutos finais. Claro que fiquei pra rever o filme inteiro que é de um encanto que me deixaria feliz caso eu tivesse pago o ingresso.
Leio críticas, claro. E uma delas acabou me convencendo de que Rio configurava o que eu temia e particularmente detesto: o reforço de equivocados arquétipos americanos sobre o Brasil/Rio de Janeiro. De que havia o "malandro", o sujeito de cartola branca e bengala, carnaval acontecendo o ano inteiro... esse tipo de coisa. Com base na crítica que li, abri mão de ver RIO e confesso, só fui assitir porque ganhei ingressos de cortesia.
E aconteceu até uma coisa além da minha má vontade influenciada: confundi o horário, a funcionária do Cinemark (que aliás, recomendo cada vez menos) mal conferiu o ingresso e entrei na sala de cinema nos 20 minutos finais. Claro que fiquei pra rever o filme inteiro que é de um encanto que me deixaria feliz caso eu tivesse pago o ingresso.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Crítica - O Garoto de Liverpool
Apenas bom.
Filmes biográficos são um modo fácil e por isso mesmo muito válido pra gente conhecer mais as personalidades e as circunstâncias que ajudaram a moldá-las. Claro que os fãs dos Beatles já conhecem a história da adolescência de John Lennon, e é sim uma coisa intertessante de se contar ao mundo. Quem escreve aqui não tem a paixão por Beatles, mas quanto mais conheço, mais respeito a revolução ímpar que a banda causou.
Pra quem não é fã, surpresa em saber como era o comporatamento da mãe de John Lennon, o modo e os motivos porque ela o abandonou e a abrupta quebra do drama.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Crítica - The Runaways - Garotas do Rock
Sanduíche -iche-iche-iche-Cherry Bomb!
Kim Fowley, uma figuraça icônica da produção do rock até hoje, é apresentado a Cherrie Currie nos anos 70. Ela, menina boa de subúrbio, mas a peça que faltava pra uma idéia de vanguarda na época: banda pesada com mulheres. Na verdade meninas mesmo. Fowley é um tipo mestre Yoda bizarro da música e ensina os truques da Força até que elas tenham um nível de agressividade e sensualidade independente pra intimidar e se fazer valer num mundo de homens berrantes.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
SHOW - Rush (Time Machine Tour)

Esculacho !!!
Uma verdadeira máquina do tempo aterrissou na Praça da Apoteose nesse último domingo. O Rush, uma das mais respeitadas bandas de rock de todos os tempos, desafiou sua própria longevidade, transitando pelo passado, tocando músicas de seus álbuns clássicos como Moving Pictures, 2112 e Permanent Waves.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Atmosphera recomenda! Love Rock Live
Aumenta que isso aí é...
De zilhões de blogs que a gente topa todo safado dia, Love Rock Live é um bem honesto sobre a congruência de zumbidos que gostamos chamada Rock! Cata lá clicando aqui: Love Rock Live
De zilhões de blogs que a gente topa todo safado dia, Love Rock Live é um bem honesto sobre a congruência de zumbidos que gostamos chamada Rock! Cata lá clicando aqui: Love Rock Live
sábado, 4 de setembro de 2010
MÚSICA - De quem é o prêmio?

Em princípio, porque uma premiação de música deve representar todas as manifestações dessa arte naquele ano em que se realiza, e, mais importante, deve revelar ao grande público o que está sendo feito de bom fora do alcance justamente desse grande público. Porém, o que vemos é a repetição anual de nomes e estilos. Será que o Brasil contemporâneo só tem isso mesmo? Os premiadores ainda não se deram conta da diversidade não só musical, mas também de acesso, dos novos músicos e compositores? Os organizadores não percebem a responsabilidade que têm em relação à inovação e à qualidade sonora do nosso país?
As rádios, por sua vez, não têm o menor comprometimento com o novo. Também não se deram conta de que perdem cada vez mais para os ipods e para rádios on-line. E temem o novo porque são burras: atualmente, não faltam bandas, cantores e cantoras de enorme qualidade e com "apelo" pop. Por que não ouvimos gente como Mombojó, Do Amor, Luisa Maita, Lucas Santtana, Céu, Nação Zumbi, Tulipa Ruiz, Cérebro Eletrônico, Eddie, Cidadão Instigado, Rômulo Fróes, Nina Becker, entre outros? É certo que fariam sucesso, basta serem divulgados! Salvo alguns pouquíssimos programas, como o oásis RoNcaRoNca, na OiFM, tudo soa mofado e descartável no dial carioca. O paulista Rodrigo Campos lançou, em 2009, uma obra-prima chamada São Mateus não É um Lugar Assim tão Longe. Quem a ouviu? Quem a premiou?
A televisão brasileira, que já transmitiu atrações musicais históricas, hoje é deplorável nessa área, com seus programas de auditório e reality shows conservadores e de péssimo gosto. Não traz novidades nem apresenta o que destoa da indústria do entretenimento. A grande geração dos anos 1960 da MPB só conseguiu notoriedade porque a TV a divulgou, mesmo quando seus participantes fugiam ao senso comum.
Não faltam viúvas por aí dizendo que a MPB está uma porcaria, que não surge um novo grande talento. Se não quiserem ouvir o que já conhecem, se abrirem um pouquinho os tímpanos e a alma, encontrarão nos nomes citados no terceiro parágrafo um belo cardápio para voltarem a ter orgulho da nossa música. Pois, se dependerem dos prêmios...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
HUMOR - Tron Girl!!
Aguardando o filme do Tron? a melhor pedida é desfrutar de Tron Girl. Caraca ela é uma coisa!
Here we go yo!
Here we go yo!
domingo, 15 de agosto de 2010
SHOW - Rush ("Time Machine Tour")

Em Outubro, a Apoteose Vai Rachar !
Uma das bandas mais respeitadas no cenário do rock, o RUSH retorna ao Brasil para divulgar seu mais novo trabalho, Clockwork Angels, ainda em fase de finalização, na turnê mundial Time Machine Tour. Desse álbum serão executadas duas músicas, BU2B e Caravan.
Lendas vivas do rock, Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart formam um dos power trios mais consistentes de todos os tempos, enfileirando sucessos como Tom Sawyer, YYZ, Xanadu, Closer to The Heart e outras composições de peso que marcaram a carreira desses três canadenses.
O set list do show de 2010 inclui o álbum Moving Pictures, que será tocado na íntegra, pela ordem de gravação, ou seja, Tom Sawyer, Red Barchetta, YYZ, Limelight, The Camera Eye, Witch Hunt e Vital Signs. Somente pelo fato de ouvir The Camera Eye, que não é tocada ao vivo há quase trinta anos, já vale o ingresso. Além dessas, músicas como Presto, Marathon, Subdivisions, Closer to The Heart e La Villa Strangiato farão a alegria dos fãs que invadirão a Praça da Apoteose no dia 10 de outubro.
Até lá !
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
ATMOSPHERA Recomenda - Caminhos Violentos

Caminhos Violentos (At Close Range) é de 1986 e dirigido por James Foley. Tem Sean Penn, Cristopher Walken, Jack Bauer Kid(famoso por interpretar Kiefer Sutherland) o pai do Macfly: Crispin Glover e a linda e suave Mary Stuart Materson.
Sean Penn é Brad Whitewood Jr, um jovem pobre que conhece seu pai (Walken) na adolescência e, sem muita perspectiva, acaba encantado pelo carisma dele que apresenta uma vida melhor como parte de uma quadrilha de ladrões. Brad Jr. embarca, até porque seu pai não é o estereotipo do mal. É um cara calmo e gente boa com filosofia própria, mostrando o que faz como rota pra alternativa justificada de ascenção e não como algo incorreto. Um dia o Brad Jr presencia uma quebra extrema das atitudes do pai e o enxerga de uma forma mais completa. As consequências desse despertar são fortes pra um jovem despreparado e o desenrolar é imprevisivelmente triste.
Roteirizado por Nicholas Kazan, At Close Range baseado em fatos, é contado com calma e embalado todo o tempo pelos arranjos da belíssima (e melhor) música da Madonna, Live do Tell, trabalho inspirado de Budd Car. Sean tem uma interpretação louvável, transmitindo logo nos créditos iniciais, a falta de opção do personagem. Cristopher Walken impressiona no papel do pai inescrupuloso e, sem deixar o carisma cair, é verdadeiramente assustador.
Um filme praticamente irretocável que merece ser conferido.
9,0 atmospheras
Roteirizado por Nicholas Kazan, At Close Range baseado em fatos, é contado com calma e embalado todo o tempo pelos arranjos da belíssima (e melhor) música da Madonna, Live do Tell, trabalho inspirado de Budd Car. Sean tem uma interpretação louvável, transmitindo logo nos créditos iniciais, a falta de opção do personagem. Cristopher Walken impressiona no papel do pai inescrupuloso e, sem deixar o carisma cair, é verdadeiramente assustador.
Um filme praticamente irretocável que merece ser conferido.
9,0 atmospheras
sábado, 9 de janeiro de 2010
CINEMA – Tributo a John Williams
Ouvindo Cinema
Há quase três anos tive a honra de assistir a um dos maiores maestros e compositores de trilhas sonoras ainda vivo em atividade, Enio Morricone. Naquele dia pude vivenciar uma experiência inédita em minha vida: escutar ao vivo músicas de cinema, interpretadas por uma orquestra sinfônica e regidas pelo próprio maestro !
Há quinze dias, vivi novamente esse momento, porém de forma diferente. Músicas do cinemão das décadas de 70, 80 e 90, compostas pelo maestro John Williams foram executadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira e regidas por seu grande maestro, Roberto Minczuk.
Logo de chofre, a programação iniciou com a trilha de E.T.. Não tive dúvidas, fechei os olhos, subi na bicicleta do pequeno alienígena e embarquei numa tela de cinema imaginária à minha frente. E olhem que o espetáculo estava apenas começando...
Entre uma peça e outra, Minczuk nos dava valiosas informações sobre a vida e a carreira de John Williams, e também discorria sobre detalhes de uma orquestra. Muito legal ! A trilha seguinte, de Parque dos Dinossauros, poderosa em seus metais, nos fazia ver tiranossauros e raptores por toda parte. Em seguida, foi a vez de Harry Potter e a Pedra Filosofal, para mim a mais fraca, mas que reproduz fielmente o universo bruxo.
Logo depois, Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida, com a emblemática marcha que simboliza a vida do famoso caçador de relíquias pelo mundo. Faltaram o chapéu, o chicote e o revólver.
Depois do intervalo, o jovem e talentoso violinista Daniel Guedes interpretou a emocionante trilha de A Lista de Schindler, num solo de doer na alma, apesar de não ter sido tão emocionante quanto eu esperava. Depois de A Lista..., a orquestra aproveitou a presença de Daniel para interpretar o famoso tango Por Una Cabeza, que serviu de pretexto para Al Pacino tirar Gabrielle Anwar para dançar em Perfume de Mulher.
O “grand finale”, obviamente, ficou a cargo de Guerra nas Estrelas, uma das trilhas mais famosas, passando por vários movimentos, entre eles a tenebrosa Marcha Imperial. Com isso, a orquestra encerrou a programação sob aplausos furiosos.
Complementando a apresentação, o bis teve várias surpresas, desde o jovem Gabriel Vogel, filho do violinista Kleber Vogel, da OSB, regendo Harry Potter, até o próprio Darth Vader conduzindo sua música-tema. Como cereja do bolo, a orquestra fechou o espetáculo com Superman, do primeiro filme, lançado em 1978.
Um domingo memorável, mas poderia ter sido fantástico se o próprio John Williams estivesse presente.
Que a Força esteja com ele ! Mas, pela ausência do maestro...
Nota: 9,5 atmospheras !
Há quase três anos tive a honra de assistir a um dos maiores maestros e compositores de trilhas sonoras ainda vivo em atividade, Enio Morricone. Naquele dia pude vivenciar uma experiência inédita em minha vida: escutar ao vivo músicas de cinema, interpretadas por uma orquestra sinfônica e regidas pelo próprio maestro !
Há quinze dias, vivi novamente esse momento, porém de forma diferente. Músicas do cinemão das décadas de 70, 80 e 90, compostas pelo maestro John Williams foram executadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira e regidas por seu grande maestro, Roberto Minczuk.
Logo de chofre, a programação iniciou com a trilha de E.T.. Não tive dúvidas, fechei os olhos, subi na bicicleta do pequeno alienígena e embarquei numa tela de cinema imaginária à minha frente. E olhem que o espetáculo estava apenas começando...
Entre uma peça e outra, Minczuk nos dava valiosas informações sobre a vida e a carreira de John Williams, e também discorria sobre detalhes de uma orquestra. Muito legal ! A trilha seguinte, de Parque dos Dinossauros, poderosa em seus metais, nos fazia ver tiranossauros e raptores por toda parte. Em seguida, foi a vez de Harry Potter e a Pedra Filosofal, para mim a mais fraca, mas que reproduz fielmente o universo bruxo.
Logo depois, Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida, com a emblemática marcha que simboliza a vida do famoso caçador de relíquias pelo mundo. Faltaram o chapéu, o chicote e o revólver.
Depois do intervalo, o jovem e talentoso violinista Daniel Guedes interpretou a emocionante trilha de A Lista de Schindler, num solo de doer na alma, apesar de não ter sido tão emocionante quanto eu esperava. Depois de A Lista..., a orquestra aproveitou a presença de Daniel para interpretar o famoso tango Por Una Cabeza, que serviu de pretexto para Al Pacino tirar Gabrielle Anwar para dançar em Perfume de Mulher.
O “grand finale”, obviamente, ficou a cargo de Guerra nas Estrelas, uma das trilhas mais famosas, passando por vários movimentos, entre eles a tenebrosa Marcha Imperial. Com isso, a orquestra encerrou a programação sob aplausos furiosos.
Complementando a apresentação, o bis teve várias surpresas, desde o jovem Gabriel Vogel, filho do violinista Kleber Vogel, da OSB, regendo Harry Potter, até o próprio Darth Vader conduzindo sua música-tema. Como cereja do bolo, a orquestra fechou o espetáculo com Superman, do primeiro filme, lançado em 1978.
Um domingo memorável, mas poderia ter sido fantástico se o próprio John Williams estivesse presente.
Que a Força esteja com ele ! Mas, pela ausência do maestro...
Nota: 9,5 atmospheras !
sábado, 7 de novembro de 2009
MÚSICA - Trovador Solitário

Sou suspeitíssimo para falar Dele; afinal, o Cara habita meus ouvidos há, pelo menos, uns 17 anos. E, mesmo assim, ainda me emociono pacas com o Sujeito. Refiro-me a Neil Young, senhoras e senhores. É que só agora caiu nas minhas mãos o "Live at Massey Hall", registro de um show solo no Canadá, terra natal do guitarrista, realizado em 1971. O álbum faz parte da série Archives, que traz apresentações históricas na carreira de Young, antes só disponíveis em versões pirata. Do lote, também vale cada centavo investido o "Live at Filmore East", acompanhado da sua lendária banda de apoio, a Crazy Horse, em 1970. Mas o disquinho com o Homem no palco apenas com o seu violão e o piano, é de arrancar lágrimas!
Em 1971, Neil Young estava promovendo o seu terceiro álbum solo de estúdio, o estupendo "After the Gold Rush", do ano anterior. Por isso, o CD - em formato digipack, porém sem encarte (apenas uma ficha técnica e a reprodução de uma crítica de jornal da época sobre o show na parte interna da capa dupla), com 17 faixas - traz várias músicas daquele disco e do segundo, o "Everybody Knows This is Nowhere", mas também prenuncia canções que só apareceriam no "Harvest", o não menos clássico LP de 1972. De quebra, Young entoa pérolas do seu repertório mais antigo, como "On the Way Home" (Buffalo Springfield), "Helpless" e "Ohio" (Crosby, Stills, Nash & Young), e duas que ele nunca gravaria oficialmente: "Love in Mind" e "See the Sky About to Rain".
Desse modo, este "Live at Massey Hall" serve como uma excelente introdução ao Maravilhoso Mundo de Neil Young, pois mostra, na essência, o que é a arte desse trovador que, mesmo solitário, encanta qualquer ouvinte amante da boa música. Das caixas, soam não apenas belíssimas melodias e letras humanistas, mas também sinceridade, atitude tão rara hoje entre os "artistas".
Neste fim de ano, dê a si mesmo um presente especial: ponha para rodar essa bolachinha antiga, que é um tapa na cara dos tediosos "mudernos".
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
TEATRO – O Som da Motown

Meninas Super-Poderosas !
Há muito tempo eu não ia ao teatro, confesso. Assistir a um musical, então, nem me lembro quando foi a última vez. Não vi "A Noviça Rebelde" devido aos preços extorsivos cobrados pela produção para nos fazer lembrar rasteiramente de Julie Adrews entoando "The Soud of Music". Enfim...
No último domingo fui assistir "O Som da Motown" despretensiosamente, pois não tinha idéia do que me aguardava. Nos jornais e revistas de cultura, os comentários eram favoráveis.
Bem, se eu tinha dúvidas sobre a qualidade do espetáculo, elas morreram quando eu levantei para aplaudir de pé ao musical.
SHOW DE BOLA !
No início, quando a banda (coesa, forte e discretíssima, e sem se sobressair em momento algum !) que acompanha as meninas atacou de “You and I”, achei que a qualidade musical estava baixa, os arranjos não eram totalmente completos. Mas era essa a função dela, somente dar o suporte competente para as vozes que iriam entrar em cena. Quando as cantoras iniciaram o show com “I Heard It Through The Grapevine”, de Marvin Gaye, perguntei: “Cadê o cantor ???”.
Mas não precisou, porque elas tem um poder vocal tão bom que não senti a falta de um “lead singer”.
O roteiro das canções recria momentos brilhantes da gravadora que foi a meca da música negra nos anos 60, 70 e 80. Os diretores Renato Vieira e Cláudio Figueira fizeram um trabalho de apuradíssima qualidade visual, cênica e musical.
Todas as moças possuem talentos distintos. Pensei que Ellen Wilson, a morena alta, fosse levar a peça nas costas. Mas, ledo engano, as outras cantoras são monstruosamente talentosas. E que vozes !
Simone Centurione é uma “branca de alma negra”. Seu dueto com Michael Jackson em “Ben” é de cair o queixo, ainda mais porque a moça canta à capela, tarefa difícil para qualquer cantor. Alcione Marques e Débora Pinheiro são eficazes e seus números solo também são excelentes. Débora interpretando “Theme From Mahogany” é sensacional !
Agora...Thalita Pertuzatti...Uma diva, com números individuais que transcedem ! “For Once In My Life” e as canções do medley de Michael Jackson (“ABC”, “Never Can Say Goodbye” e “I’ll Be There”) ficaram formidáveis.
Saí do teatro Leblon com a certeza de que nossos talentos musicais não se resumem apenas a cantores EMOS com cérebro de rolha, nem de cantoras da MPB que interpretam cantadas baratas para o mesmo público de fãs desesperadas por sua atenção.
Nota: 10 atmospheras!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
CINEMA – Herbert de Perto

POR TRÁS DAS CÂMERAS TEM UM CARA LEGAL, NUM FILME LEGAL !
De novo, um documentário.
De novo, o rock.
De novo, um nome.
Sou meio suspeito pra falar dos Paralamas, pois é o som que escuto desde a transição entre adolescência e a fase adulta.
No documentário de Roberto Berliner, do curta “A Pessoa É Para O Que Nasce”, e Pedro Bronz, Herbert e o grupo, originalmente formado em Brasília, são descascados que nem cebola, expondo camadas distintas de suas histórias. Mantendo o foco principal no guitarrista, a narrativa se baseia em fatos documentados desde a formação do trio, pontuada pelos “hits” que tornaram os Paralamas uma das figuras centrais do rock brasileiro, tais como “Óculos”, “Patrulha Noturna”, “Alagados”, “Meu Erro” e outros.
Sem se perder na pieguice, o filme mostra a relação entre Herbert e sua falecida esposa, Lucy. Alguém poderia até dizer pro cara: “Nessa parte você chora e diz que tem saudades...”. Mas não, o filme é frio e informativo. Herbert é uma figura sólida, apesar do acidente. Tudo o que diz no filme é consistente. Alguns podem dizer que ele é pedante, mas perto de outras figuras do rock e da MPB, ele é até humilde. Se o compararmos a Cazuza, Lulu Santos e Caetano, o homem é um monge beneditino !
Destacando LPs de peso na carreira, o filme esquece alguns trabalhos como “Os Grãos” e “Big Bang”, mas isso não compromete, já que não perde o ritmo da história. O drama do acidente e sua recuperação no hospital e centros de reabilitação também são mostrados de forma nua e crua, sem espaço pra lágrimas ou expressões do tipo: “Coitado...”
No fim, um bom filme pra ter noção de como a banda escalou as pedras turtuosas do sucesso e se impôs diante da mídia.
De novo, um documentário.
De novo, o rock.
De novo, um nome.
Sou meio suspeito pra falar dos Paralamas, pois é o som que escuto desde a transição entre adolescência e a fase adulta.
No documentário de Roberto Berliner, do curta “A Pessoa É Para O Que Nasce”, e Pedro Bronz, Herbert e o grupo, originalmente formado em Brasília, são descascados que nem cebola, expondo camadas distintas de suas histórias. Mantendo o foco principal no guitarrista, a narrativa se baseia em fatos documentados desde a formação do trio, pontuada pelos “hits” que tornaram os Paralamas uma das figuras centrais do rock brasileiro, tais como “Óculos”, “Patrulha Noturna”, “Alagados”, “Meu Erro” e outros.
Sem se perder na pieguice, o filme mostra a relação entre Herbert e sua falecida esposa, Lucy. Alguém poderia até dizer pro cara: “Nessa parte você chora e diz que tem saudades...”. Mas não, o filme é frio e informativo. Herbert é uma figura sólida, apesar do acidente. Tudo o que diz no filme é consistente. Alguns podem dizer que ele é pedante, mas perto de outras figuras do rock e da MPB, ele é até humilde. Se o compararmos a Cazuza, Lulu Santos e Caetano, o homem é um monge beneditino !
Destacando LPs de peso na carreira, o filme esquece alguns trabalhos como “Os Grãos” e “Big Bang”, mas isso não compromete, já que não perde o ritmo da história. O drama do acidente e sua recuperação no hospital e centros de reabilitação também são mostrados de forma nua e crua, sem espaço pra lágrimas ou expressões do tipo: “Coitado...”
No fim, um bom filme pra ter noção de como a banda escalou as pedras turtuosas do sucesso e se impôs diante da mídia.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
CINEMA – A Todo Volume

AUMENTA QUE ISSO AÍ É ROCK AND ROLL !!!
Olá, amigos ! Meu texto de estréia por aqui é com um documentário que engloba três guitarristas de fases distintas do rock.
“A Todo Volume”, de Davis Guggenheim, oriundo das mais diversas séries de TV (“E.R.”, “24 Horas”, “Alias”, “The Shield”,...) e realizador do incômodo “Uma Verdade Inconveniente”, mostra a relação músico x instrumento com Jimmy Page, The Edge e Jack White, cada um desfiando seu rosário de acordes e timbres em seu estilo próprio, técnicas e métodos de utilização da guitarra.
Com narrativa quase que monocórdica, o filme cobre as fases dos três músicos desde o início da carreira ate os dias atuais, destacando momentos importantes, como no caso de Page, quando o “bruxo” visita o velho castelo onde os ensaios eram feitos à base de uma acústica quase medieval, e exibe trechos de velhos “standards” do rock. Explica os porquês de músicas terem sido gravadas de uma certa maneira, como no caso de “Starway to Heaven”, que mostra a origem da guitarra de dois braços, ícone do rock dos anos 70.
No caso de The Edge, o cara de preocupa mais em mostrar a Dublin do início da carreira do U2 do que em apresentar suas formas de esmerilhar o instrumento. Com exceção do grande modulador de sons que fazem de sua guitarra uma marca registrada da banda irlandesa, The Edge passeia pelos locais onde fizeram os primeiros shows e se lançaram para o mundo.
No case de Jack White, o que dizer ? Sinceramente, não curto “White Stripes”, acho a banda um clichê punk do cacete, e alguns sons de blues são mera recorrência. No filme, o cara exibe alguma criatividade em fazer instrumentos que são verdadeiros mutantes musicais. Mas é só. Na reunião dos três, o branquelo some e seu espectro é esmagado pela monstruosidade de Page e o carisma de The Edge.
No final, uma frase do bruxo Page resume bem a filosofia de vida desses malucos:
“Se eu escolhi ou fui escolhido pela guitarra, não sei dizer. O que importa é que me divirto bastante !”
Nota: Atmosphera 8 !
Olá, amigos ! Meu texto de estréia por aqui é com um documentário que engloba três guitarristas de fases distintas do rock.
“A Todo Volume”, de Davis Guggenheim, oriundo das mais diversas séries de TV (“E.R.”, “24 Horas”, “Alias”, “The Shield”,...) e realizador do incômodo “Uma Verdade Inconveniente”, mostra a relação músico x instrumento com Jimmy Page, The Edge e Jack White, cada um desfiando seu rosário de acordes e timbres em seu estilo próprio, técnicas e métodos de utilização da guitarra.
Com narrativa quase que monocórdica, o filme cobre as fases dos três músicos desde o início da carreira ate os dias atuais, destacando momentos importantes, como no caso de Page, quando o “bruxo” visita o velho castelo onde os ensaios eram feitos à base de uma acústica quase medieval, e exibe trechos de velhos “standards” do rock. Explica os porquês de músicas terem sido gravadas de uma certa maneira, como no caso de “Starway to Heaven”, que mostra a origem da guitarra de dois braços, ícone do rock dos anos 70.
No caso de The Edge, o cara de preocupa mais em mostrar a Dublin do início da carreira do U2 do que em apresentar suas formas de esmerilhar o instrumento. Com exceção do grande modulador de sons que fazem de sua guitarra uma marca registrada da banda irlandesa, The Edge passeia pelos locais onde fizeram os primeiros shows e se lançaram para o mundo.
No case de Jack White, o que dizer ? Sinceramente, não curto “White Stripes”, acho a banda um clichê punk do cacete, e alguns sons de blues são mera recorrência. No filme, o cara exibe alguma criatividade em fazer instrumentos que são verdadeiros mutantes musicais. Mas é só. Na reunião dos três, o branquelo some e seu espectro é esmagado pela monstruosidade de Page e o carisma de The Edge.
No final, uma frase do bruxo Page resume bem a filosofia de vida desses malucos:
“Se eu escolhi ou fui escolhido pela guitarra, não sei dizer. O que importa é que me divirto bastante !”
Nota: Atmosphera 8 !
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