segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CINEMA – Herbert de Perto


POR TRÁS DAS CÂMERAS TEM UM CARA LEGAL, NUM FILME LEGAL !

De novo, um documentário.
De novo, o rock.
De novo, um nome.
Sou meio suspeito pra falar dos Paralamas, pois é o som que escuto desde a transição entre adolescência e a fase adulta.
No documentário de Roberto Berliner, do curta “A Pessoa É Para O Que Nasce”, e Pedro Bronz, Herbert e o grupo, originalmente formado em Brasília, são descascados que nem cebola, expondo camadas distintas de suas histórias. Mantendo o foco principal no guitarrista, a narrativa se baseia em fatos documentados desde a formação do trio, pontuada pelos “hits” que tornaram os Paralamas uma das figuras centrais do rock brasileiro, tais como “Óculos”, “Patrulha Noturna”, “Alagados”, “Meu Erro” e outros.
Sem se perder na pieguice, o filme mostra a relação entre Herbert e sua falecida esposa, Lucy. Alguém poderia até dizer pro cara: “Nessa parte você chora e diz que tem saudades...”. Mas não, o filme é frio e informativo. Herbert é uma figura sólida, apesar do acidente. Tudo o que diz no filme é consistente. Alguns podem dizer que ele é pedante, mas perto de outras figuras do rock e da MPB, ele é até humilde. Se o compararmos a Cazuza, Lulu Santos e Caetano, o homem é um monge beneditino !
Destacando LPs de peso na carreira, o filme esquece alguns trabalhos como “Os Grãos” e “Big Bang”, mas isso não compromete, já que não perde o ritmo da história. O drama do acidente e sua recuperação no hospital e centros de reabilitação também são mostrados de forma nua e crua, sem espaço pra lágrimas ou expressões do tipo: “Coitado...”
No fim, um bom filme pra ter noção de como a banda escalou as pedras turtuosas do sucesso e se impôs diante da mídia.

Nota: Atmosphera 9 !

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