terça-feira, 22 de junho de 2010

SÉRIES - V

Me enganei! que bom!


V é uma das deliciosas vezes em que adorei estar errado! As campanhas do remake da emblemática série dos anos 80 baixaram minha expectativa pro chinelo; parecia tudo sem sal e picareta. Mas não é que não é?  Falando um idioma pop, ágil e sim, usando fórmulas das séries atuais, V encontra um balanço enter o lugar comum e abordagens inteligentes. É mantida duas linhas da série original; os visitantes são malignos e fingem que são amigos e tem lá seus interesses covardes, não sabemos ainda se querem devorar os humanos tal qual a série base. Mas eles chegam distribuindo a cura pro câncer e diversas doenças e criando indagações pra igrejas. Afinal, Jesus não cura câncer e esses malditos ets chegam aqui e resolvem sem nenhuma oração? ôps!  Tem também a Quinta Coluna que são os rebeldes dentro da própria organização alien que compartilham sentimentos pelos humanos. Por algum motivo, o modo como nós sentimos é importante pra parte da sociedade deles e repugnante pra outra parte.
Na atualização pro século XXI, saem as referências ao holocausto judeu que era o mote do original e entra um diálogo de alienação bem amarrado. Como vão conseguir desenvolver bem isso, é um abacaxi que a gente vai ver descascar.

A beleza da festa do disco voador é mesmo Morena Baccarin que interpreta a líder alien Ana. Antes disso, Morena saiu daqui do planeta Rio de Janeiro e teve destaque na série Firefly de Joss Whedon. Ela entendeu bem a personagem e elaborou complexidades sutis,  nuances bem mais interessante do que a Diana da série original; a dissimulação e a natureza et são um avanço bastante competente. Do lado humano o destaque vai pro papel que Scott Wolf desempenha. O repórter Chade Decker, melhor personagem da série, é visivelmente interesseiro, franco e mesmo assim distante de ser do "mal" por assim dizer.
Salvo algumas repetições e o medo do uso batido de "conflitos familiares" da protagonista Erica Evans (atriz Elizabeth Mitchel de Bost, digo, Lost) tem-se aqui a promessa de uma série cuidadosa. Vamos conferir o segundo ano.

Nota; 7,8 atmospheras!
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Crítica de Cáprica (início)

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