Mas como era o original?
Um filme questionador e carismático como poucos devido também a ajuda do roteiro de Rod Serling (Além da Imaginação). O Planetas dos Macacos com Charlton Heston de 1968, teve quatro continuações, série de tv, desenho animado e um remake morno pelo fraquíssimo Tim Burton, sempre empenhado em estragar as coisas e que o cinema insiste em supervalorizar. Diga-se que a maior surpresa neste do Burton não é o final que nem ele entendeu, mas o fato de Johny Depp (um caso?) NÃO fazer parte do elenco.
E o livro que deu origem a tudo? é mesmo ótimo!! Tem sim o pecadilho de deixar pontas soltas. Mas com tantas coisas bem construídas, sérias e criativas, que acabo desejando que insistam numa nova transposição pra tela, desde que
Burton mantenha suas patas fedorentas longe da produção! O ideal pra
Planeta dos Macacos, se sonharmos com uma nova versão; seria um filme europeu. Francês tal qual o autor
Pierre Boulle e seu personagem principal que era
Ulisse Mérou, e não um
Taylor ou
Davidson.
Mérou é um jornalista que no ano 2500, faz parte da expedição em busca de um planeta próximo à gigantesca
Betelgeuse. A história do perrengue que ele vive, é lida por um casal que encontra seus escritos numa garrafa boiando no espaço. Os macacos desse planeta dominam uma tecnologia similar a do início do século XX com prédios e aviões. Estão lá
Zira,
Cornélius,
Dr. Zeius e até
Nova, bem próximos aos que são do filme de 1968 onde em contraponto, há um acerto no livro que eles deram uma pequena deslizada no filme em prol da adaptação: Se eu fosse um astronauta que estivesse num planeta onde macacos dominam, eu sacaria que estava na
Terra ou que americanos tivessem a haver com eles pelos simples fato de que...
eles falam inglês, cacilda! E
Taylor não percebeu isso?? perdoável por todas as outras virtudes que o filme carrega. No livro,
Mérou passa um bom tempo aprendendo a língua nativa e, após provar ser um homem capaz e inteligente, é aceito pela sociedade macaquense e até admirado por alguns. Esses e outros elementos foram aproveitados pela terceira parte da versão no cinema. Num dado momento, mostram o pregão da bolsa de valores para
Mérou, toda aquela algazarra conhecida por nós, elevada a décima potência com macacos saltando de anteparos, o tipo de coisa que valia ver no telão. Agora, não me odeie pois não revelo o final e fica o estímulo pra que vc leia a versão de
Boulle. Escritor também de A Ponter do Rio Kwai, quando usou suas experiências da 2º
Guerra Mundial onde chegou a trabalhar como agente secreto servindo à
França.
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