O personagem merecia mais.
Dá pra reconhecer a boa vontade nessa adaptação digital do clássico com umas sombras de Pinóquio: Astro Boy de Osamu Tezuca.Agora dirigido por David Bowers e com as vozes de Freeddie Haimore, Nicolas Cage, Donald Sutherland, Kristen Bell e Samuel L. Jackson de novo (devem ser quadrigêmeos idênticos e todos trabalhando ao mesmo tempo em alguma produção, não é possível). Num futuro avançado, o cientista Tenma perde seu filho e constrói um super robô plantando nele as memórias do moleque que foi pro beleléu. Ok, tudo bem. Mas no pacote vem as coisas óbvias demais que mereciam ser reconfiguradas. A fonte de energia má ser vemelha e a boa, azul, por exemplo. O filme tem disso e a gente lamenta, até porque é uma animação meritosa em tecnologia e arte. O que acontece é que a nova geração está entupida de informações coloridas e rápidas. E assistir algo cujo final você já sabe antes de ver, não atrai muito. A antiga geração que conhece Astro Boy não cai no conto infanto tal qual permeou o filme. Uma ousadia, um vilão melhor, um pai menos passivo e um retrabalho dos personagens secundários, dariam um sentido mais interessante a Astro Boy. Fica pro futuro.
5,5 atmospheras
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