sábado, 20 de fevereiro de 2010

Cinema – Guerra ao Terror

O horror... o horror...
Dá medo o comportamento das pessoas. Na verdade dá tristeza. Tomo o público de cinema como microcosmo nesse aspecto, não nivelando por baixo, pelo contrário. Quem curte bem cinema sabe quem é diretor de determinado filme, compositor da trilha, reconhece peculiaridades, partes da história em referência à realidade. É um público muito inteligente sim. Com muita cultura com certeza. Sou cercado de pessoas assim e aprendo coisas novas todos os dias. Todas leem bastante, são bem informadas, tem pensamentos surpreendentes e interessantes sempre. Por isso fico triste em comentar Guerra ao Terror pois aqui eu constato certas coisas que me deixam pra baixo. Mesmo as pessoas inteligentes bem informadas e tal são arrastadas pelo simples fenômeno "Maria vai com as outras" cada vez mais.

Assistir Hurt Locker foi um esforço. Coloquei o DVD várias vezes e o motivo do esforço é que o filme é estupidamernte chato onde nada se desenvolve. É um ponto morto que eu me forcei a ver pra entender como aquilo foi feito. Boas atuações e boa fotografia que seguram o que é possível na falta de enredo. Semanas depois um tal de filme Guerra ao Terror elogiadíssimo pela imprensa internacional e logo um porrilhão de críticos rasgando elogios ao filme em nossa terras. O disparate foi tão grande que custei a acreditar que se tratava do mesmo Hurt Locker.

Vamos a história: no Iraque, um americano especialista em desarmamento de bombas morre e é substituído por outro mais frio, carrancudo, eficiente e acostumado a essa vida. Só. É só isso mesmo. Juro pra você, o filme todo é contado em uma linha. Agora, se você quiser, pode abrir mão de seu julgamento sincero e acrescentar coisas ao filme que não existem ou exacerbar os momentos de tensão que não são nem por meio segundo grande coisa. Isso porque você leu na internet que o filme está indicado a zilhões de prêmios e pode até levar o Oscar. Trata-se de um filme como disse, chatíssimo, morto, não passa mensagem alguma de "homem com dor interior, guerra interior" e essas bostas que as pessoas repetem porque os críticos nos EUA disseram. Não tem nada. Não há mensagem, não há bons diálogos, há um fiapo de história completamente plano que não leva a lugar algum. Parece alguém que dirigiu um filme pra aprender como se faz. Superficial com tom sério e só. Você come aquela salada sem tempero algum e fala pros outros que estava deliciosa porque alguém te disse que aquele era um prato raro apreciado na Patagônia ou sei lá e você quer se juntar aos raros. Kathryn Bigelow foi mulher do James Cameron e dirigiu (o ótimo, aliás)Caçadores de Emoção. Cace alguma neste filme. A minha é de desprezo.

3.1 atmospheras

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