quinta-feira, 18 de junho de 2009

Terminator - memórias



Maquinando na infãncia
Eu tinha 9 anos quando meus queridos amigos adultos que ao contrário de mim, podiam ir ao cinema, tentavam me contar a confusa e imaginativa história de um cyborgue implacável que tinha de matar uma mulher, Sarah Connor, antes mesmo de ela gerar um menino que, quando adulto, lideraria a resistência humana que derrotaria as máquinas em 2029. Tais máquinas que decidiram que a humanidade deveria ser extinta. Cada vez que eu ouvia a história que eles diziam ser de Spielberg (qualquer coisa com efeitos especiais, achavam que era de Spielberg) me contavam de um jeito diferente e minha imaginação tentava encaixar as peças. Não existia internet e videocassete era coisa de gente rica. Quando anos depois assisti O Exterminador do Futuro no SBT, fiquei impressionado com a abordagem séria, violenta e de final surpreendente conjugado por uma trilha sonora de vanguarda de um tal de Brad Fiedel. Com muito custo destruído ao fim do filme, os restos do cyborgue originariam as máquinas e justificariam seu avanço assim como o soldado Kyle Reese, humano enviado do futuro para proteger Sarah, acaba tendo um doído romance (na verdade só uma transa) e se tornado pai de John Connor. E ainda morre sem saber disso. Nada de final feliz. Pronto, já estava conquistado e assistiria umas 20 vezes ao menos. Não havia nada parecido com o Exterminador do Futuro. Ao menos durante uns 7 anos.


As coisas mudam de forma
Em 1991 não apenas aquele filme inovador ganha uma sequência adequada, mas surpreendentemente superior em muitos aspectos. Ahhhh... e agora eu podia ver no cinema! Com esse, Terminator se torna minha franquia predileta. Sarah Connor paranóica, o modelo T-800 programado pelo próprio John Connor para proteger sua versão adolescente, o Dr. Silberman, que havia escapado do massacre de 84 e uma coisa que ninguém pensou: um cyborgue de metal líquido. Bizarro de bom!
Tudo regado ao alto nível de inteligência, tecnologia e uma sequência eletrizante atrás da outra.

Ahh: lembram do desenho Frankstein Júnior? tem um episódio que o robô gigante luta contra uma criatura fluída e protege o menino todo custo. Coincidência?

Eu quero essa cyborgue pra mim!
Em 2003 o agora comprovadamente formidável James Cameron, sujeito responsável pelos dois primeiros, não estava mais no comando e Jonathan Mostow entregou um senhor filme de ação, competente, divertido, cheio de boas sacadas como a da cyborgue gostosa e com algumas... cascas de banana. Sua versão de John Connor foi equivocada e diluída pela presença de uma das personagens mais chatas da ficção científica; Kate Brestew, a dispensável futura esposa de Connor. Mesmo o mais fraco filme da série até então ainda é muito superior a maior parte dos filmes de ação e ficção que temos hoje em dia. A salvação viria em 2009... não... na verdade não viria.

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