sábado, 9 de abril de 2011

Crítica - Jogo de Poder (por Urbano)





O cinema mostrando como uma história real pode ser chata.


A parte Michal Moore (adoro o trabalho dele) e Zeigsts da vida, há praticamente um concenso das traquinagens do governo Bush. Uma secção específica dessa história enfoca a questão das inexistentes armas de destruição em massa que "justificou" a invasão do Iraque. Isso foi muito bem mostrado no filme pouco visto Zona Verde, ótimo trilher com Mat Damon. Fair Game de Doug Lima, diretor responsável por superestimados filmes como Identidade Bourne e o chatíssimo clicherento Sr. e Sra. Smith que, vá lá, fez sucesso, consegue se superar no marasmo mesmo tendo uma história interessante (a ponto de virar um filme pra cinema? não sei...)
e um casal mega talentoso como Sean Penn e Naomi Watts. Casal é claro, apenas nos personagens. Eles interpretam agentes da CIA que em suas atividades perceberam nenhuma evidência perto de ser verdade de que havia arma de destruição em massa no Iraque. Mas o senhor presidente e seus puxa-sacos diziam diferente. Olha, eu tenho uma experiência pessoal traumática de dizer a verdade numa empresa e ser prejudicado por puxa sacos. Ao contrário do que diz o desenho do He-Man, o bem nem sempre vence o mal. Muitas vezes o puxa-saquismo ganha. Especialmente se você lida com alguém com certo poder, mas cheio de carências emocionais, incapaz de ler algo além de caras e bocas, de usar um pouco mais de ceticismo. No caso dos agentes em questão, eles lidaram nada menos com alguns dos homens mais poderosos do mundo. E num povo fácil de manipular, foram severamente prejudicados em suas carreiras pelos quais eram apaixonados.

A beleza de Naomi Watts e o próprio tema em si, te segura alguns minutos. Há uma expectativa de que alguma coisa mais interessante está prestes a ocorrer. Mas fica-se na mesma. A abordagem sem imaginação te garante o desejo de que o filme termine logo pra vc poder fazer algo mais interessante.

Chato esse Doug Lima.

Nota: 4,5 atmospheras.


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