quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SHOW - Rush (Time Machine Tour)


Esculacho !!!

Uma verdadeira máquina do tempo aterrissou na Praça da Apoteose nesse último domingo. O Rush, uma das mais respeitadas bandas de rock de todos os tempos, desafiou sua própria longevidade, transitando pelo passado, tocando músicas de seus álbuns clássicos como Moving Pictures, 2112 e Permanent Waves. 


Pelo presente, executando músicas do CD atual, Snakes and Arrows, e pelo futuro, onde apresentou duas músicas de seu próximo CD, Clockwork Angels. Se isso não for máquina do tempo, então eu não sei o que é !
Pontualmente às oito horas o Rush adentrou ao palco, após uma hilariante introdução feita por um filme que satiriza a própria banda, e Alex Lifeson atacou de Spirit of Radio, com um dos rifs de guitarra mais conhecidos do mundo. Foi o pontapé inicial para despejat na cabeça de uma reduzida plateia, no primeiro set, porradas como Stick It OutLeave That Thing AloneWorkin'Them Angels e BU2B (do novo CD), além de hits como Freewill e Subdivisions. E ouvir Marathon ao vivo foi indescritível ! Apesar de um tanto frios, os músicos se comunicaram basicamente com o público, sendo o baixista, tecladista e vocalista Geddy Lee o grande anfitrião. Lifeson conduzia bem seus arranjos melódicos, com solos, muitas vezes, pesados e arrasadores. Na cozinha, o grande chef Neil Peart carregava o tempero da bateria com muitos pratos e tambores, com levadas ora pesadas, ora totalmente quebradas no ritmo e nas viradas.

No segundo set, após mais uma brincadeira de outro filme, o Rush levou seus fãs ao delírio, executando na íntegra e na sequência original o álbum Moving Pictures, abrindo com um de seus maiores sucessos, Tom Sawyer (por aqui marcada como a música do seriado Profissão Perigo, do herói MacGyver). Em seguida vieram Red BarchettaYYZLimelightThe Camera EyeWitch Hunt e Vital Signs. Êxtase completo !
Depois, o Rush apresentou mais uma canção inédita, Caravan, que foi apenas o aquecimento para uma sensacional aula de percussão dada por Peart, num dos solos mais criativos e fantásticos que eu já presenciei em minha humilde existência. A banda ainda tocou Closer to The Heart2112 e Far Cry para finalizar o espetáculo, e retornar para fechar de vez com La Villa Strangiato e Working Man, numa versão reggeada, com muito swing antecedendo a porrada original.
No fim das contas, a satisfação por ver os caras de volta superou o gosto amargo do preço do ingresso, prática atualmente exercida na maioria dos shows internacionais. Mas valeu cada centavo, e fica a esperança de um breve retorno do Rush, dessa vez para divulgar Clockwork Angels.
Nota: 10 atmospheras !

Um comentário:

  1. Realmente uma banda que merece todo o respeito do mundo.

    Long live rock and roll.

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