quinta-feira, 3 de junho de 2010
CINEMA - Robin Hood (por Marcio Quintella)
Flecha Certeira !
Ridley Scott e Russel Crowe são como unha e carne. Os dois já compartilharam váriso trabalhos de sucesso, como Rede de Mentiras, O Gângster e Gladiador, esse último rendendo Oscar de Melhor Ator para Crowe. Agora, a dupla repetiu a fórmula com Robin Hood, contando a história do fora-da-lei inglês do ponto de vista de sua origem, quando ainda lutava no exército do Rei Ricardo Coração de Leão.
O mais talentoso irmão do clã Scott tem mão boa para dirigir filmes com cenas de batalhas e grandes multidões, e em Robin Hood isso fica evidente, pois as várias sequências de luta e combate são bem estruturadas e não fogem ao controle do diretor. O interessante roteiro de Brian Helgeland (Zona Verde, O Sequestro do Metrô 1,2,3, O Troco, entre outros) consegue prender a atenção pela capacidade de contar uma boa história, e fazê-la real num filme que convence pela trama não tão complicada. No final, tem-se a lenda do famoso ladrão tornada verídica pela consequência dos fatos que ocorreram ao longo do filme, e Scott consegue fazer dele uma excelente reconstituição de época, já que sua direção é precisa e tranqüila.
Mais uma vez, o ferrabrás Crowe consegue domar seu ogro interior e fazer um herói a contento, apesar de sua natureza australiana ter que interpretar um personagem inglês. Cate Blanchett faz uma Lady Marion mediana, apesar de ter estrutura para papeis bem mais poderosos. Max von Sydow, William Hurt e Danny Huston dão conta do recado como nobres ingleses, e Marc Strong, mais uma vez, incorpora um vilão recalcado e odioso.
O filme não compromete a honra do herói-ladrão, mas o final poderia ter sido mais bem digerido, já que ficou evidente uma certa preguiça de Scott em terminar o filme de forma mais honesta. Apesar de tudo, Robin Hood não manchou seu nome como diretor.
Nota: 7 atmospheras !
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