Como diz o gênio maluco: "O que está acontecendo?"
Acabo fazendo coro de saudade de um Scorcese poderoso como em Cabo do Medo. Apesar de ter feitos bons filmes após isso, nenhum chega à altura e A Ilha do Medo (Shutter Island) acaba se constatando algo mediano, um Scorcese que não tomou suas vitaminas. Baseado no livro de Dennis Lehane chamado Paciente 67, Leonardo DiCaprio é o policial Teddy Daniels que em 1954 vai com seu pareciro Chuck Aule (Mark Ruffalo) investigar o desaparecimento de uma pirada que na teoria não tinha como ter escapado do super-hospício. Lá eles encontram o diretor Dr. John Crawley (Ben Kingsley adequado ao papel) que explica pormenores enquanto aparentemente protege algumas informações. Durante sua estadia, Teddy Daniels tem visões de sua mulher morta, a bela atriz Michelle Williams que tem uma boca impossível da gente não pensar em sacanagem. Daí até seu desfecho tristemente óbvio, ficamos alternando entre os devaneios de Daniels e a investigação nonsense nessas duas horas e quarenta de projeção cansativa. Cansa ficar olhando pras expressões do DiCaprio apesar de considerá-lo bom ator, me pareceu gasto nesse filme, meio que esgotado todos os seus truques de interpretação. Você pode até se surpreender com o final, mas o pré-requisito pra isso é ter assistido a poucos filmes de suspense, pois esse abusa de fórmulas batidas. Eu acertei o desfecho nos cinco minutos iniciais, a confirmação do que imaginei durante o resto apenas me aborreceu. Fica uma fotografia belíssima e duas sequências que considero excelentes: a dos ratos e a cena do fuzilamento. De resto... chatice...
Nota: 4,5 atmospheras.
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