domingo, 18 de maio de 2014

GODZILLA (por Urbano)

Um monstruoso filme de monstros

Desde Jurassik Park em 1993 que avanços nos efeitos visuais reforçaram a esperança deste nerd na alvorada de filmes de monstros incluindo o rei deles. Em 1998 Roland Emerich me faz uma sessão da tarde tão lugar-comum e quase nenhum respeito pela obra japonesa.

Um pouco de história: Godzilla teve seu primeiro filme em 1954. Bobo de quem fica dando risadinha forçada pra parecer adulto apontando os óbvios limites técnicos de um filme feito há 60 anos. Trata-se do tão falado reflexo na cultura de um país que recebeu dois ataques nucleares 9 anos antes. No enredo, a radiação criou o Godzilla, basicamente um monstro de 100 metros destruindo o Japão que encontra pela frente. O filme era sério e ainda hoje captura a atenção do espectador que dedicar tempo suficiente.

Em 1956 os americanos pegam esse mesmo filme e reeditam inserindo cenas com um ator... americano (na verdade inglês só pra dar uma atenuada) Raymond Burr virou um tipo protagonista e testemunha ocular dos eventos do Godzilla. Se foi uma safadeza estadunidense ou uma ação pra que americanos pudessem assistir, não sei. Mas vá lá: facilitou chegar ao ocidente.

Em 2012 ficamos sabendo que o excelente Frank Darabont iria tomar as rédeas da produção do projeto de um novo Godzilla. Frank Darabont que eu gostaria que estivesse por trás das franquias Star Trek e Star Wars dirigiu dentre outros, dois filmaços: Um Sonho de Liberdade e O Nevoeiro. Sempre muito sóbrio, sempre com uma âncora na realidade lidando com o fantástico como poucos cineastas. A direção já ficaria com Gareth Edwards diretor novo vindo do filme Monstros que aparentemente só eu achei bem ruinzinho. Pra resumir: um filme de monstros onde nada acontece. Com expectativa meio a meio algo mudou a balança: trailers impressionantes.

Quando não cabe na caixa, se critica? 
MAS... eu e minha mania de ler críticas me fizeram ler tanta coisa negativa na semana a estréia do filme. Uma dizia que o monstro mal aparecia. Outra que a ação se concentrava num casal chato tentando se reencontrar. Bom, arrisquei ir ao cinema e... é um autêntico filme de Godzilla! Sim, o monstro aparece bastante e não, a ação não se concentra no casal chato (chato mesmo, concordo) querendo se encontrar. Há mesmo qualquer coisa de um ritmo diferenciado no comando de Garretg Edwards, algo que desacelera quando pensamos que vai acelerar. E há também vontades próprias por conta da presença do elenco, é o momento em que imaginamos Bryan Cranston num papel diferente do que realmente executa no filme. Impossível não gerar frustrações nos fãs de Breaking Bad. Há também minha maior reclamação quanto ao filme: Ken Watanabe que mantem a exata mesma expressão em todos os minutos que aparece: a de completamente perdido. Sendo lamentavelmente o oriental mais importante no filme, era de imaginar que tivesse uma posição de respeito.

E se a presença japonesa em si foi infelizmente posta de lado, a apropriação de suas ideías é seguida bem mais a risca. O design do Godzilla, sua forma de movimentar, detalhes das lutas e mesmo uma série de "presentes" pros fãs dão uma enobrecida no projeto ainda mais acrescido com a tecnologia atual onde temos riqueza e realismo espetaculares na destruição de cidades.  Melhor ainda é a ousadia em filmar sequências sem medo algum de parecerem exageradas ou tolas num filme com atmosfera tão séria.

Fica o meu desejo de uma parte 2 embora isso de forma algum seria algo indispensável num filme bem resolvido.

Nota: 8 atmospheras.

2 comentários:

  1. oi Urbano, gostei do seu jeito de faer a crítica do filme!
    bem baseado e com sacadas sagazes (essa eu puxei!), ex. o Watanabe perdido!...
    vc deve ter visto Avatar, vc fez uma crítica?
    Gostaria de trocar ideias!...
    abç Hess500

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    1. Olá. Por falta de tempo hábil, larguei esse blog. Mas me dedico a uma webcomic a ser postada nesse primeiro trimestre de 2016. Fique livre pra me encontrar no Facebook. Abs!! :)

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