sábado, 3 de agosto de 2013

CINEMA – Homem de Aço (por Marcio Quintella)

Quem Dera Que Fosse Um Pássaro, Um Avião...Enfim, é o Super Homem...

     Mais uma vez, ele. Mais uma vez, o que será que deu errado? Seria Zack Snyder? Seria, como reza a lenda, a maldição do homem da capa vermelha?
     O super herói com uma das maiores versões de sua história volta às telas, numa recriação de Zack Snyder, responsável por Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen e Sucker Punch, entre outros. Com roteiro de David S. Goyer e história do próprio Goyer e Christopher Nolan, Homem de Aço é um filme que deixa a desejar, não na consistência da trama, mas no formato em que ele foi entregue.

     Tomando como base os dois emblemáticos filmes iniciais da década de 80, Homem de Aço nos conta a origem de seus principais personagens, desde o nascimento de Kal-El em Kripton, sob as bênçãos de seus pais Jor-El e Lara, até sua chegada na Terra e, consequentemente, o confronto com vilões de sua terra natal, o cruel General Zod e seus asceclas. O filme, como muitos de seus antecessores, mostra os conflitos do herói em ser ou não benéfico para os terráqueos, ser ou não um “messias” para todas as mazelas do ser humano. Portanto, nesse quesito, Homem de Aço ficou bem encaixado dentro do propósito. Ocorre que, em muitos momentos, o apelo visual e sonoro torna o filme intragável e sem rumo, lembrando os filmes do “Rei do Esporro”, Jerry Bruckheimer. Principalmente nas cenas de ação vertiginosa, quando é necessário apuro técnico na medida, tudo deságua para o amadorismo sem precedentes, com exceção da trilha sonora, que, mesmo sem o monstro sagrado John Williams e sua composição mais do que conhecida para os antigos filmes, fica a cargo de outro fera, Hans Zimmer.
     Fazer comparações entre os elencos é inevitável. Primeiro, Henry Cavill e tantos outros como Brandon Routh e Dean Cain não terão o mesmo carisma e força do que Christopher Reeve, isso é fato consumado, e o por demais afetado General Zod de Michael Shannon nem chega na sombra de Terence Stamp. Mas Amy Adams e Russel Crowe seguram bem seus  personagens. Crowe dá mais agilidade a Jor-El, e Amy Adams é uma Lois Lane mais segura de si, e menos neurótica. Diane Lane também dá conta de sua Martha Kent, apesar de não ser uma atriz que tenha a idade para ser a mãe do Superman. O restante não consegue tirar proveito da chance de imortalizar seus personagens, como Kevin Costner e Laurence Fishburne, esse último totalmente desconfortável como Perry White.
     Para continuar a ter vida longa no cinema, esse Homem de Aço não poderá enferrujar, e terá que nos trazer de volta o bom e velho Lex Luthor, garantindo doses de vilania explícita.


Nota: 6,5 atmospheras !

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