terça-feira, 22 de novembro de 2011

Crítica - Reféns

O olhar de penitência acertou mesmo Joel Schumacher

Joel Schumacher tem no portfólio filmes ótimos como O Cliente e Tempo de Matar, mas acabou entrando pra história por cometer um crime contra a humanidade chamado Batman e Robin em 1997.  É impressionante que Schumacher esteja vivo e solto já que o mundo não esqueceu o que ele fez.

Apesar de criminoso, seus filmes bons atestam o potencial de uma direção interessante. Foi com esse pensamento imagino - ou alguém foi sádico mesmo - que deram a ele a talentosa Nicole Kidman e o bipolar em atuação Nicolas Cage pra Reféns (Trespass no original que significa Transgressão).


A história é de uma família rica nas mãos de criminosos invasores em busca de diamantes num cofre. Ponto.

Parece algo cansado? e é mesmo. Reféns cansa.  Há algum esboço de que algo vai decolar, mas o avião furou o pneu. O casal já começa inverossímil: mulher gostosa sozinha naquele casarão e recebe de boa marmanjos pra instalar sistema de segurança. Aonde vimos isso? filmes pornôs. Aliás há qualquer coisa que tenta dar uma puxada pra esse lado. Mas não se anime, se quiser ver peitinhos de Nicole Kidman pegue o chato De Olhos bem Fechados e o bom suspense Terror a Bordo, duas opções melhores. Apesar da chatice de De Olhos o filme anda pra um lugar onde você não antecipa. Em Reféns, tudo é pasteurizado regado a imagens pintadas de cores do por do sol mesmo em ambientes fechados e o que você não antecipa soa forçado nas tantas tentativas de reviravoltas.

É interessante perceber que justo nesse filme Nicolas Cage faz uma coisa que não costuma fazer muito : interpretar. Ele manda bem dentro do que se pode. Aparece envelhecido e sério como há muito tempo não via e consegue uma tensão ótima na cena de abertura do cofre. Quanto à Kidman... ahn... não. Só bonita. O tempo todo fazendo cara de pôster. Peitinhos, Kidman, peitinhos!

Sequências que rodopiam e chegam no mesmo ponto, personagens perambulando na tela sem que signifigue algo relevante e um desfecho que já vimos umas 478 vezes.

Não dá.

Nota: 3 atmospheras

Nenhum comentário:

Postar um comentário