domingo, 11 de setembro de 2011

Crítica : TRANSFORMES 3 e a nova sala IMAX no Rio (por Urbano)

A experiência de se assistir Transformers 3 no IMAX em 3D.

Não consigo pensar num blockbuster mais ideal pra se assistir em IMAX e foi assim que conheci a primeira sala do tipo no Rio de Janeiro. Antes que me estranhe, afirmo que é ideal por se tratar de espetaculares efeitos visuais. Qualquer pessoa honesta e provida de alguma maturidade sabe que Transformers desde o início cultiva apenas a tecnologia como algo de bom.

Primeiro vamos falar da sala.
Não chega a ser uma senhora decepção, mas sem dúvida a tela pareceria e deveria ser bem maior do que realmente é. Enquanto você assiste, não percebe tanta diferença, apenas quando o filme termina e as pessoas andam de frente a tela se percebe a noção de escala. São 18x10m. As de Curitiba e São Paulo são 21x14m. Vamos combinar que tudo de mais legal chega antes em São Paulo né? quando é que teremos uma sala IMAX de verdade aqui no Rio? 4 metros a menos faz uma boa diferença... agora vem outra parte ruim, o preço: R$34,00. Isso me faz querer assistir em IMAX apenas algumas coisas bem especiais como o documentário sobre o Hubble, onde astronautas levaram equipamento 3D pra filmar no espaço. Resta saber quando eles vão exibir o filme porque o site do UCI é péssimo de navegar, não tem clareza nas informações e nem diz qual a previsão do filme sobre Hubble. Falando nisso, quando comprei ingresso, a menina da bilheteria me disse "olha, mas não é 3D, vai querer assim mesmo?" e a exibição foi em 3D. Vai ver foi alguma coisa que ela comeu e não fez bem. Também vale comentar sobre a educação. Sentaram no meu lugar marcado e no de várias pessoas, o que quase causou uma briga entre dois casais. Barra da Tijuca hein...


Qualidade da imagem e som...


Se a tela não é tão gigante e a sala também não tem tanta diferença, a qualidade da imagem é sem dúvida alguma superior. Cada cor, sombra e luz estão bem divididas, a definição impressiona de modo que nenhum detalhe é perdido. E quando falo em detalhes, me refiro a pequenos estilhaços de vidro, poeira se dissipando, transparências de janelas e todo cardápio de textura que demonstraram o quando a parte técnica de um filme tão hiperdetalhado quanto Transformers 3 está soberba. O som é cristalino, a pequena rouquidão eletrônica na voz do Optimus  já diz muito. E cada disparo de armas alienígenas e terráqueas são facilmente distinguíveis e quase sentidas assim como suas direções. Se eu tenho alguma reclamação sobre o som, seria de que estava um pouco alto demais. Mas as somas de alta qualidade em ambos atesta o poder do IMAX. E quanto ao 3d, olha que coisa: os óculos 3D do IMAX não escureceram a tela! Yeah!

O filme Transformers 3 - O Lado Escuro da Lua.
Muita gente reclamou de Transformers 3. Eu não. Já sabia que seria aquele constrangimento em forma de "história". O primeiro Transformers foi uma vergonha tão grande quanto seu sucesso. O que viesse depois... hhé. Novamente dirigido (rsrs) por Michael Bay que deveria ter sido decapitado em 2007, Transformers 3 é quase um remake do primeiro filme, onde os dois grupos de robôs antagonistas disputam artefatos tecnológicos importantes e tem uma batalha final no meio da cidade. Pra fazer de conta que é diferente, a mesma história dessa vez pega ganchos num plot sobre a corrida espacial onde na lua teria ocorrido o primeiro encontro humano/robô gigante. E te digo mais: está até bem melhor. Usaram um episódio do clássico desenho animado Transformers como referência na cena em que os autobots embarcam numa nave gigantesca, fizeram um personagem citar uma frase do Sr. Spock, outra de Highlander... e nada mais original que isso.

Troca de piranhas.


Sai Megan Fox, entra Rosie Huntington-Whiteley na melhor cena do filme. Não é tão gostosa, mas tem uma boca que suga nossos... anh... pensamentos. E atua bem mais que Megan Fox no papel de uma oferecidíssima menina fútil que a gente gosta. Com uma roupa branca que permanece branquinha mesmo após ser exposta a toneladas de poeira, escombros, atrito com com concreto e coisas mecânicas.
Lembre-se, é Michael Bay. Tome-lhe minutos de incoerência, diálogos os mais imbecis possíveis, desaparecimento de personagens (John Malkovich vem e vai embora sem mais nem menos) caricaturas bobas, piadas sem graça o tempo todo, robôzinhos chatíssimos incomodando a cada 4 minutos de filme. Máquinas inteligentes de milhares de anos que acertam os humanos apenas 1 tiro a cada treze milhões de disparos, prédio tombado 90 graus e personagens num momento nem tremem, no outro estão sendo arrastados pra depois ficarem estáticos sem que o prédio deixe de estar sendo totalmente destruído. Artefato importante pra decidir a guerra que pode ser liquidado com um único tiro e ninguém pensa nisso... Essas coisas. Vale a pena ir no cinema?: SIM!  Trata-se até o momento do melhor show de efeitos visuais e cenas de ação já feitas. Os robôs estão vivos a cada movimento, tem peso e uma interação com personagens humanos perfeitíssima. As sequências de ação são as melhores da história do cinema. Só o contra ataque humano que já paga o ingresso. O filme é tão absurdamente bem feito técnicamente que você fica desnorteado. Se em Transformes de 2007 não dava pra entender as cenas da luta entre robôs, eram mais manchas em movimento e você tem de ser bem imaturo e cínico pra dizer que aquilo era o correto com a desculpa dos detalhes dos robôs, aqui em Trans 3, as lutas são de verdade bem feitas e mostradas. Dá pra saborear pela primeira vez as máquinas se arrancando as tripas como sempre foi prometido. Uma viagem ao mundo da destruição. Só não venha me dizer que a história é boa, nem vem...

Notas:

Pro IMAX no Rio: 7,8 Atmospheras
Pros efeitos de Transformes 3: 10 Atmospheras
Pra história de Transformers 3: 3,3 Atmospheras




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