Pegue um grupo de crianças espertas, perspicazes. Pegue um mistério que, com certeza, só será revelado no final e está relacionado, de certa forma, com uma “criatura” desconhecida. Junte tudo isso a um diretor que, de certa forma, está ligado a Steven Spielberg. Quem disse Os Goonies, passou perto !
Alguém disse que Super 8 é o melhor filme de Steven Spielberg que não é dirigido por Steven Speilberg. Acho exagero, já que ele possui um currículo, de certa forma, invejável (Tubarão, Caçadores da Arca Perdida, A Lista de Schindler e O Resgate do Soldado Ryan, só para começar...) e Super 8 poderia ficar na lista do segundo escalão, vamos classificar dessa forma. O fato é que o filme não passa de uma brincadeira, uma grande, divertida e maravilhosa brincadeira que deu certo, o que se deve, na sua maior parte, aos talentos conjugados de J.J.Abrams e Spielberg.
Super 8 conta a história de um grupo de garotos que, durante as filmagens de um caseiro filme de terror, numa clara alusão às produções trash de George A. Romero, presenciam um acidente envolvendo um trem e outro veículo, culminando com a liberação de algo aterrador e misterioso. E é nesse clima, um pouco E.T., Contatos Imediatos e Os Goonies, que o filme se desenvolve, num misto de situações dramáticas, cômicas, tristes, até seu final, num clímax que faz referência até a LOST, uma espécie de menina dos olhos de Abrams. Super 8 também não nos informa em que época ou ano o filme se passa, mas algumas citações são claras e óbvias para se desvendar um pouco esse enigma: posters de filmes como Halloween – A Noite do Terror e bicicletas tipo BMX informam que a produção se passa entre as décadas de 70 e 80.
O elenco é pouco conhecido. Com exceção de nomes como Kyle Chandler, Joel McKinnon Miller e a irmã mais nova de Dakota Fanning, Elle Fanning, os outros ainda são estreantes na tela, com destaque para Joel Courtney e Riley Griffiths, respectivamente Joe Lamb e Charles Kaznyk.
Super 8 deixa uma marca descontraída e divertida que, atualmente, poucas produções tem mostrado nos últimos tempos, onde a indústria se preocupa mais com a casca, e não com o conteúdo. E J.J. Abrams, com as bênçãos de Spielberg, vai construindo um nome no cenário cinematográfico mundial. Torçamos por ele !
Nota: 9 atmospheras !
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