domingo, 15 de maio de 2011

Crítica - THOR

Não é o melhor filme da MARVEL, mas é uma boa martelada!


Adaptação boa, mas sem dúvida alguma se a história de THOR fosse contada mais próxima a dos quadrinhos, teríamos um filme diferente de super herói bem mais interessante e até com mais densidade.

Na HQ de 1962 (versão ultra resumida), Donald Blake é um médico  manco, dependente de uma bengala estilo House que numa visita a uma caverna da Noruega, influenciado por Odin sem perceber, encontra um cajado, bate na rocha e se transforma em Thor, o deus do trovão. Na verdade, Blake descobre que ele sempre foi Thor e teve toda uma vida humana como punição pelos seus atos arrogantes no reino de Asgard. Toda uma vida de punição! que justifica bem mais uma empatia de um deus pelos seres humanos e sua paixão pela então enfermeira Jane Foster. Superior à versão rasteira do cinema que tem até coisas bem resolvidas e reflexos da bem celebrada série Os Supremos.

O roteiro de Stranzinsky, ciente pela opção Marvel mais corrida em sua fórmula pro cinemão, amarrou bem os elementos, priorizando os fãs numa distribuição de agrados do início ao fim do filme. Vou te dizer: eu esperava beeeeem menos! Primeiro porque não acho Kennetth Branagh isso tudo do que dizem dele como cineasta e vi em todos os trailers de Thor uma apresentação após a outra dos clichês mais usuais. O potencial é claro, reverbaria um Senhor dos Anéis dos quadrinhos, mas a Marvel jamais pareceu dizer que entregaria isso. Portanto quem foi apostando ver batalhas épicas com milhares de vikings pode ter saído frustrado.


Na versão cinemão pipoca, Thor (Chris Hemsworth) é arrogante, está pra ser "promovido" ao trono quando os inimigos dos asgardianos invadem o reino. A solução de Thor pioras as coisas, desagrada o pai Odin que num momento fulo o envia à Terra como punição. Precisamente num lugar mais humilde no Novo México. Teve gente que reclamou tanto disso aliás... qual  problema de ser no Novo México senhores? queriam Los Angeles ou Nova Iorque de novo? na boa... Jane Foster (Natalie Portman no automático) vira uma astrofísica que o encontra enquanto vigiava um um fenômeno climático que associava a estrapolações físicas. Daí em diante é previsibilidade no escopo e uma correria pra redenção/resolução final.

Raios, trovôes e os pontos altos!


Minha primeira surpesa foi com uma atuação dedicada de Anthony Hopkins configurado num Odin de presença e espasmos de fúria. Constatei em seguida que os elogios ao Tom Hiddleston são merecidíssimos! Seu Loki com camadas e arroubos de raiva é de uma malignidade anestésica. Quando você percebe, já mordeu.

Muito feliz também de ver na tela a atenção dada à Asgard com esplendor elitizado e áustero. Meu receio antes das fotos de divulgação era justamente o de colocarem o maior patamar social de Asgard em vestimentas de frangalhos, um equívoco pedido por alguns fãs que exigiam que a elite "divina" vivesse com trapos de guerra. Sobre o romance; eu diria que é perfeito. Eles não estão subindo pelas paredes um pelo outro, tem o interesse comum de duas pessoas que acabaram de se conhecer e ficam mutuamente fascinadas. Não vi absolutamente nada de forçado. O único beijo aliás, acontece bem lá pro final.


E a fidelidade? o que se vê nos quadrinhos é Thor voando, lançando raios, girando o martelo, convocando tempestades e pra mais uma boa surpresa: tudo está lá na tela! Aquela porradeira exagerada foi tal qual nos quadrinhos transferida pra sala de cinema. Isso Marvel! Sem receios! Os combates contra os gigantes de gelo tem seus momentos de cenas malfeitas, onde se há pressa em acelerar a imagem pra  um disfarce. Bem compensado na batalha contra o Destruídor. Há quem a "boa vontade" com o filme reclamou que Stark poderia ter sido chamado nesse momento. Uma olhada rápida em Homem de Ferro 2 e você percebe que estava acontecendo ao mesmo tempo em que Stark estava ocupado tentando não morrer. Enfim, de tudo, a ação é o segundo maior mérito do filme. O primeiro está na questão ciência versus magia. O que acontece em relação aos "deuses" e reinos especialmente pro universo Marvel e encaixe do filme dos Vingadores está mecanicamente bem explicado. Eles dominam uma ciência avançada que, como disse Arthur Clarke, e esta frase está no filme: " a tecnologia suficientemente avançada é indistiguível da magia." Resolveu o problema.

Nota: 7,8 atmospheras!

Um comentário:

  1. Sem sombra de dúvida, o Loki do filme é um grande talento. A melhor escolha para o papel, na minha opinião. Na verdade, Thor e Odin estão também muito bem representados no filme, enquanto o primeiro com carisma e força o segundo com a segurança e serenidade. Também fiz uma critica sobre o filme pois gostei muito mesmo, atendeu as minhas expectativas em praticamente 80%, rs. Natalie Portman ficou devendo um pouco e nisso eu concordo com você. Gostei da critica, convido a você a registrar a sua opinião lá também no meu blog.

    abcs

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