segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Crítica - A Última Estação (por Urbano)



Bem tostado! (Ok, essa foi ruim....)




A primeira imagem que me vem quando penso no nome Tolstói é de um livro verde com uma foto mal recortada na capa, bem antes da era photoshop. Era do meu pai. Não fazia idéia de quem era Tolstói até a vida adulta e sempre o associei a uma coisa séria e pesada.

The Last Station dirigido por Michael Hoffman (Sonho de Uma Noite de Verão) dá uma boa desconstruída na minha impressão infantil de Leon Tolstói (aqui o Christopher Plummer) apresentando o  pensador ambíguo por vezes, brincalhão, teimoso e muito carismático.


Nos últimos meses de vida, o influente (tome-se por influente aqui, um homem que afetou uma sociedade inteira) era assediado por Vladimir Chertkov (Paul Giamatti) que queria declarar a obra de Tolstói uma coisa pública, algo meio condizente com a essência da coisa (software livre, alguém?) enquanto a mulher dele, Sofya de Helen Mirren,  talvez mais lúcida, queria essa grana. Afinal, a dona fez o download de 13 filhos! ( Imagina como tava essa CPU né?)

Esse jogo de forças é presenciado por Valentin vivido por James MacAvoy (before he was  Charles, he was Valentin) que não interfere, apenas observa tendo sua maturidade nutrida pela questão. Lembre que se trata de um pedaço da história russa, eu insisto no lembro, porque me parece que a sociedade tinha lá seus paralelos com hábitos ingleses. Isso mas a presença forte de um McAvoy da vida, puxa por esse ponto. Senti falta de qualquer coisa construtivitsa o que de modo algum tira a graça de se assistir a Última Estação, observar uma história de amor de verdade e pesar valores.

Nota: 7,7 atmospheras!

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