sábado, 5 de fevereiro de 2011

Crítica - O Concerto (por Urbano)





Cinema europeu tutibão!




Um dos meus filmes de ficção científica predileto é GATTACA, onde num futuro próximo, um homem   trabalhando em limpeza, busca realizar a façanha de se tornar cosmonauta num mundo onde ele nasceu naturalmente cheio de defeitos genéticos e a sociedade privilegia uma seleção artificial das pessoas nascidas com genes "escolhidos" . Portanto, fisicamente mais próximas à perfeição.

  O Concerto embora não tenha nada a haver com sci-fi, me prendeu pela temática de um senhor que trabalha na  limpeza do teatro Bolshoi em Moscou, sonhando em ser maestro.
O desenrolar do filme mostra que  Filipov foi realmente um maestro, mas questões vaidosas e políticas lhe tolheram isso a ponto dessa perspectiva desaparecer. Mas olhe aquilo, um pequeno reflexo no horizonte quase sumindo; um fax endereçado a seu chefe é interceptado acidentalmente por Filipov que trama nada menos reger uma orquestra no teatro Châtele em Paris. Sucessivamente os conflitos vão sendo entregues com flertes de comédias nas situações paralelas dos estereótipos russos e uma dose de drama familiar. Radu Mihaeleanu, diretor romeno, usa também uma dose de coincidências na trama, dessas um tanto novela mesmo. E, se há uma perda de ritmo na segunda metade da história, o final é uma armadilha arrebatadora. Você sabe o que vem, mas dá vontade de aplaudir, como música bonita mesmo. Ouça uma vez, ouça mais vezes. Pena que O Concerto acabou ficando pouco conhecido.

Nota: 7 atmospheras!

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