quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Crítica - Megamente

Quase tudo azul!


Eu custei a assistir Megamente porque tentei encontrar uma sala 3D e acabei desistindo. Um filme em 3D estréia, na semana seguinte vem outro e aquele da sala roda por falta de salas. Enfim, não sei como Megamente se comporta em 3D, mas deve ser uma experiência e tanto a julgar pelo excelente  Como Treinar seu Dragão.

Em 2d, Megamente já impressiona. A cena da cidade é tão rica que a gente pensa com nossos botões em como aquilo tudo  foi feito em menos de 300 anos. Se formos nos ater a tecnologia, Os Incríveis de Brad Bird já ficou incrivelmente datado. Expressões, malha das roupas dos personagens e cada brilho de aplique, fumaça, poeira, as gadgets do Megamente, o carro invisível... o roteiro poderia ser uma bosta que o ingresso já estava pago. O legal é que o roteiro é bom. Nada perfeito, mas divertido com certeza.


Referencial a Superman, um buraco negro traga um sistema planetário onde 2 alienígenas bebês de mundos distintos cada, são enviados à Terra. Um é o arquétipo de Superman e cresce cada vez mais metido com pouca dificuldade na vida e o outro além de cair justo num presídio, acaba virando fruto do meio. Sem poderes mirabolantes a não ser um gênio intelectual desmedido e sempre obliterado pelo super garoto, ele se decide vilão. Objetivo é claro, destruir o inimigo adorado de todos. A questão que é uma chicotada na tarraqueta  é que um dia ele consegue.  E o que fazer quando tudo que você queira na vida foi alcançado? Essa é a boa pegada do filme.

Um nome na produção eu gostaria de verdade que passasse longe dali: Will Ferrel. Ele é fodamente sem graça. Deslocado de qualquer dimensão, Will Ferrel não deveria existir, ele é anacrônico, um erro no Cosmos. Não entendo como um sujeito desses consegue emprego de ator. Mas bem, existe funk, existem percevejos fedorentos, existe Will Ferrel. E quando ele está envolvido pode esperar piadas que não tem nexo, articulações que nada acrescentam, repetições e cenas inteiramente desperdiçadas. Personagem falar errado pra render alguma passagem? tem cara de Will Ferrel.

Mas se o cara não tem graça, os combates, cenas de destruição e até alguns diálogos pontuais são bastante inspirados.

Na contramão, se a gente pensa um pouco mais se dá conta de que aconteceu algo muito errado com um personagem importante pra toda segunda metade do filme, além idéias não justificadas por exemplo: porque Megamente não injetou em si mesmo todos os poderes do oponente  e porque não usou o desidratador em quem precisava? furos no roteiro? muitos e muitos. Mas quer se divertir? ainda é a melhor opção no cinema atualmente.

É da Dreamworks, direção de Tom McGrath. Vozes no original de Will Ferrel pra Megamente, Brad Pitt pra Metro Man, Tina Fey pra Roxanne, Jonah Hill pra Titan e Ben Stiller pra Bernard.

Nota: 7,3 atmospheras!

3 comentários:

  1. Não gosto deste tipo de filme. Animação não me atrai, muito menos super-heróis. Mas fiquei curioso em ver o avanço da tecnologia nos cinemas. O foda é que aqui onde moro não tem salas em 3d, apenas na capital. Estou louco para ver Harry Potter e As Relíquias da Morte parte 2 em 3D.

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  2. Apesar de eu estar em uma fase meio saturada de animação, gosto bastante do gênero. Entretanto, não assisti Megamente. Pelas críticas e pelas imagens que vi em trailers e reportagens achei o filme interessante, mas não o suficiente para me levar as salas de cinema.
    Acredito que eu tenha associado de alguma forma o filme às animações "Família do Futuro" e "Os Incríveis" (mesmo que seja por delírio meu(, e que particularmente não gostei.
    Até!

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