domingo, 23 de janeiro de 2011

Cinema - As Viagens de Gulliver (por Márcio Quintella)

A Grande Pequena Besteira de Jack Black.

A primeira lembrança que eu tenho de Jack Black é dele sendo trucidado pela arma letal de Bruce Willis em O Chacal. De lá pra cá, vieram alguns sucesos como O Amor É Cego, Trovão Tropical e Escola de Rock. Ok, ok , Rebobine, Por Favor é legal porque é cult, foi dirigido pelo Michael Gondry, que é mais cult ainda. então temos que dizer isso. Mas bem que a arma de Bruce Willis poderia ter funcionado de verdade, impedindo Jack Black de realizar essa pantomima egocêntrica.

As Viagens de Gulliver, dirigido por Rob Letterman (O Espanta Tubarões e Monstros vs. Alienígenas), é uma grande brincadeira encabeçada por Black, que adapta a história do aventureiro na fictícia ilha de Lilliput para os dias atuais. Nela, Lemuel Gulliver é um singelo funcionário de expedição que se candidata a escrever matérias sobre viagens, e vai parar no centro do Triângulo das Bermudas,  onde é transportado para a ilha dos pequeninos. Nesse roteiro, temos Gulliver/Lilliput em guerra contra os blefuscianos, o povo rival, sua ascenção a herói dos baixinhos, a queda e, finalmente, a reviravolta final.Quer dizer, nada que possa dar errado. O problema é que muita coisa soa falso no filme, apesar de sabermos que a história é fantasiosa. Black, obviamente, lança mão de seu carisma de animador de filmes medianos, e a coisa cai no ridículo. No final, se dá bem como sempre.

O elenco parece um tanto constrangido. O ator escocês Billy Connolly está pouco à vontade como Rei Theodore. E tanto Jason Segel (Horatio) quanto Chris O'Dowd (General Edward) não sabem o que estão fazendo direito. Já para as mulheres, os destaques vão para Emily Blunt e Amanda Peet, que destoam do resto, fazendo suas personagens sobreviverem diante desse caos cinematográfico.
Agora, o mais incrível: fui assistir o filme em 3-D, pois não havia projeção em salas comuns aqui no meu bairro. Só que o filme, pasmem !, não possui uma cena digna dessa técnica, uma passagem sequer. Não vale 1-D, quanto mais 3 !
Conclusão: deixem para quando sair em DVD e não tiverem absolutamente nada pra fazer, pois, nesse caso, tamanho não é documento.

Nota: 3 atmospheras !

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