sábado, 20 de novembro de 2010

Crítica - Scott Pilgrim contra o Mundo



Filmezinho de viado!


Pronto, falei.

O filme nerd do ano? Ah, pega uma barata voadora branca e mastiga! Idolatrar coisas ruins e colocar nelas virtudes onde não existem não dá. Um amigo que é fã de Scott Pilgrim me deu um conselho muito bom: não assista o filme antes de ler os quadrinhos. Foi o que fiz e pra ser justo, os quadrinhos de Scot Pilgrim tem uma narrativa que vai te jogando pra página seguinte pisando no acelerador. Você pode até não gostar da HQ, mas ela não te aborrece, é divertida, solta e mais honesta. Atenção: não é Watchmen ou Maus, é praticamente um fanzine que deu certo referenciando à época da cultura pasteurizada dos anos 90. Nela, o desenho tosco funciona naquela linguagem mangá. Seu criador Bryan Lee O'Malley desprende a HQ no seu nicho. O quadrinho está longe de ser uma maravilha como é cultuada, mas tem o charme de fazer rir. Difícil achar que O'Malley tenha tido uma pretensão maior e isso é um mérito.


Se já achávamos Crepúsculo baixo nível... 

O filme é uma bosta e já estava na hora de alguém dizer isso. Estou bem taxativo mas não como um  fã raivoso do quadrinho Scot Pilgrim, espero ter deixado claro nas linhas acima que não acho a HQ nada demais. Mas se eu fosse fã do quadrinho, não estaria fazendo campanha pró fime e sim boicotando aquela %0##a  com todas as forças. Michael Cera vive (o correto seria dizer morre) Scott Pilgrim, um cara de 24 anos com mentalidade de 16 prestes a pegar uma menina de 15 mas que sem nenhuma  razão conquista uma mulher de 25 com mentalidade de 30. É ruim essa matemática. Mas você não entende isso na primeira meia hora do filme. Você simplesmente merecia ser pago em aguentar suportar a completa falta de narrativa cultuada como genial. Há apenas uma sequência de cortes sem nexo indo e voltando. Nem tente entender, espere passar meia hora, é melhor.

Mas não melhora muito. A Ramona que o paçoca do Pilgrim conquista tem (não é bem assim, mas que seja) 7 ex-namorados do mal. Não existem explicações, fique com isso. Se Scott quiser come-la tem de arriscar a vida enfrentando os caras. O mundo deles funciona como um game, ademais as referências, claro. Mas o próprio Scot tem poderes, cai na porrada e até apanha bastante o filme todo sem nenhum sangramento, isso tudo bem, está de acordo com a proposta.

Mas veja, é com um insuportável número musical que aparece o primeiro vilão, ex namorado da Ramona...  e é uma biba! Cacete, ele está interessado em quê nela,  já que a fruta que ele gosta é outra? não quero parecer mais preconceituoso, não é essa a questão. Vou deixar bem simples pra evitar que me interpretem errado : se o cara gosta de homem, tudo bem, não tenho problema com a opção dele, mas porque então está obcecado com a Ramona? e se isso não tem explicação, basta observar que praticamente todos os outros ex dela são afetados. Com exceção de uma que é lésbica. O que o filme quer dizer com isso, o mundo é gay? o deles é.  Scot dorme (aparentemente não mais que isso, mas eu não poria a mão no fogo) com um clone do Daniel Radclif baitola, então decida você. E Michael Cera parece que está morto mesmo. É quase possível enxergar as os barbantes da marionete. O filme não é nada a não ser barulhos, sons de games e onomatopéias que, se no primeiro momento você acha legalzinho, lá pela 600º vez, a cabeça já dói somado às bandas de garagem que aparecem a cada 10  minutos (sei lá) ajudando pra apurrinhar mais.

Desde As Panteras que eu não via algo tão ruim,  as mesmas gags são repetidas em toda projeção. O diretor dessa bomba equivocada é o maléfico Edgar Wright que já tinha cometido esse crime em Todo Mundo Quase Morto que é cultuado sabe-se lá o diabo  porque.

Scott Pilgrim talvez funcionasse, talvez repito, numa série de tv. Temnpor pra apresnetar os personagens e distribuir gags multifacetadas ao inv{ens de ficar na repetição da mesma nota,

E senhores: filme nerd é uma coisa, filme emo é outra.

Ah , mas tem referências! sei...

Nota pra Hq de Scott Pilgrim: 6 atmospheras
Nota pro filme: 0,5 atmosphera



Em tempo: nos anos 90, havia uma coisa bem melhor usando recursos de quadrinhos, linguagem descolada e falando de relacionamento e amizades entre jovens. Era inteligente, moderno e usava bem as referências. O nome era Parker Lewis.

Um comentário:

  1. Urbanão depois da sua critica não vou nem passar perto do filme, hahahahaha.


    atualizei o blog, passa la depois

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