domingo, 7 de novembro de 2010

Crítica - PIRANHA 3D



Piranha é bom e eu gosto!


O público do filme trash é um alvo fácil pras produções em 3D baratas. Basta respeitá-lo. As histórias não precisam ser maravilhosas e nem mesmo os efeitos ultra-realísticos, o mote é que acima de tudo fique divertido. Se você não entende que existe uma linha de filmes que são "ruins" de propósito, passe longe de Piranha 3D. O diretor Alexandre Aja veio do terror pipoca Espelhos do Medo, onde uma assombração sofre na besteira de tentar aterrorizar ninguém menos que Jack Bauer, coitada. Antes de Espelhos, Alexandre Aja filmou uma pérola do cinema de terror francês que teve no Brasil o título de Alta Tensão, um filme que me surpreendeu e eu recomendo demais.

Voltando às meninas...


Piranha é um remake que brinda a gente com participações de Christopher Lloyd e Richard Dreyfus. O original é de 1978 e teve sua sequência tosqueira nas mãos do iniciante James Cameron. A versão de Aja conta que um pequeno terremoto liberou de um lago nas profundezas (um lago abaixo de um lago) piranhas de um tipo julgado extinto há 2 milhões de anos. Elisabeth Shue (De Volta Para o Futuro) é a xerife da cidade que tal qual Tubarão, vai ter um festival justamente nos dias das piranhas liberadas. E tome-lhe piranhas em terra e na água pois, neste festival, há um diretor filmando um pornô. Aliás, há  de se imaginar se Alexandre Aja está familiarizado com o pejoratismo nome piranha no Brasil dado os numerosos crossovers dos dois gêneros na projeção. Seja o que for, Aja realiza um sonho nerd; ele põe no filme uma cena linda de duas gostosas nuazinhas em águas cristalinas e dane-se se importa o quanto alguém prende a respiração debaixo dágua. Todos nós que gostamos da coisa queríamos mesmo ver duas beldades nadando em 3d numa tela gigante de cinema. Quando algo assim vai acontecer de novo?  Aja, faça mais filmes, você tem o meu voto!

Quanto às piranhas monstros; entre na sala de cinema sabendo que a coisa vai ficar vermelha. É o massacre mais sangrento; as meninas matando a fome a todo custo, ossos à mostra, olhos boiando, carne viva preenchendo o telão com direito a uma cena específica que vai entrar pra história tamanho o mau gosto. Talvez resida na execução dessas cenas uma bola fora do filme. Mesmo que não sejamos exigentes, afinal é  filme trash, a edição está ruim e por vezes não dá pra entender o que está acontecendo ou há quebras de transições que atrapalham de tão estranhas; o filme parece cortado. De resto é se deliciar com a esquisita catarse de banquete na água. Aja é talentoso, tem boa escolha da piranhice, mas com uma premissa dessas, dava pra divertir muito mais.

Nota: 6,4 atmospheras!

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