segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Crítica - Residente Evil - Recomeço (3D)





É ruim, bem ruim.... mas diverte como nunca!


Com um primeiro Resident Evil razoável tendo duas sequências vexatórias, era certo que o quarto filme  fosse o funeral da franquia. E que coisa: não é! Ao menos não pra quem conseguir conferir numa sala 3D. Roteiro ruim por roteiro ruim, Resident Evil Afterlife (título original apelativamente traduzido como "Recomeço") dá um banho em  Avatar utilizando com muito mais aproveitamento a tecnologia "3D."
 Posso dizer que é a primeira vez que usar o óculos não me pareceu desconfortável ou escuro. Tanto os efeitos de profundidade funcionam sem prejudicar o desfrute visual quanto as brincadeiras com coisas saindo da tela. E que se dane se você acha que isso é um "uso errado do 3d " seu viado, quem são essas pessoas que põe regras? Cinema é diversão ou passar uma mensagem; melhor se tem as duas coisas. Aqui só tem uma e ela paga o ingresso com direito a cenários de destruição hiperdetalhados que me encantaram mais que os leds carnavalescos enjoativos de Pandora. O que me parece é que o diretor Paul W. S Anderson que em minha opinião só teve um acerto até  aqui  com o primeiro Mortal Kombat, assumiu de vez o fracasso do passado que foi a tentativa de seriedade pra Resident Evil. Não que não fosse possível seguindo a base primal do game, mas Paul Anderson é incompatível com seriedade. O Enigma do Horizonte por exemplo, que seria um sci-fi sério, chegou a prometer, mas morreu na praia com um desfecho contraditório. Anderson larga esse negócio e abraça Resident como o troço clipeiro mesmo e dentro dessa trilha consegue cenas espetaculares com reações empolgadas do público. Mas atenção: apenas nas boas salas 3D. O filme é dependente desse modo.
Mas senhores lembrem: divertido demais! Roteiro... ruim demais. O vilão do filme é vergonhoso até pra um padrão sem exigências. Ele é desesperador como uma dor de dente de tão infantil e excretado de superficialidade. A Milla é a Milla. Ela só tem uma expressão de mulher linda que tá chegando no êxtase. Olhar pra ela já é um prazer. No mais, profundo desrespeito as leis da física e do bom senso logo de cara quando numa das primeiras cenas,  a Alice que neste ponto da franquia pode destruir quarteirões apenas dilatando a pupila, resolve cair em tiroteios e acrobacias contra 300 soldados de elite. Poderosa, mas nada inteligente.

Falando em inteligência e/ou falta dela, cabe dizer uma coisa: na sala em que assisti, boa parte do público eram de crianças que variavam de colo a 9 anos. Residente Evil tem sangue, cabeças cortadas, amputações, olhos estourados e milhões de mortes.  Quando exclamei isso e uma mãe ouviu, ela disse pra filha de uns 3 anos: "não filhinha, é suspense, SUSPENSE, você pode assistir."

Boa mãe. Muito boa...

Nota: 2,0 Atmospheras pro filme numa sala normal
8,00 Atmospheras assistindo numa sala 3D


e 0 Atmospheras pra quantidade de mães ignorantes que a gente encontra.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo blog! estou te seguindo se quiser retribuir esse é o meu :http://trocandofigurinhas22.blogspot.com/

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  2. VELHO...eu nao assisti em 3D então pra mim foi o pior dos 4. Porra..o 3 já não foi lá essas coisas e nesse ai viajaram legal..


    Devia ter acabado no 2 =/

    abração ae.

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