segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Crítica - O Último Mestre do Ar

Game over pra M. Night Shyamalan

O filme já saindo de cartaz e mesmo assim achei que valesse uma postagem pelo tanto que fiquei chocado com a direção (??) de M. Night Shyamalan.

Numa trajetória que despontou com o supervalorizado mas ótimo 6º Sentido, o surpreendente Unbreakable (podremente traduzido para Corpo Fechado) e até mesmo a brincadeira de Sinais, já  bastava ver que Shyamalan irradiava seu ego. Mas não comprometia a qualidade dos filmes.  Assista a making ofs de qualquer obra do indiano e você vai vê-lo falando de si mesmo, curiosidades a seu respeito que ninguém perguntou como os filmes que ele fazia na adolescência e coisas do tipo. Ele chegou a ponto de se colocar como salvador da humanidade no constrangedor A Dama da Água (tem gente que diz que gosta, mas tenho completa certeza de que estão mentindo). Mas quer saber? dane-se! Egos inflados estão em toda parte. Vá em uma lista de discussão de qualquer assunto e as pessoas estão lá se estapeando virtualmente. (Um sujeito em especial numa lista de design gráfico implica absolutamente com tudo e todos de uma forma obcecada). Enfim, patologias do ser a parte, o que importa é o resultado final. E O Último Mestre do Ar é sofrível. É inconcebivelmente ruim em vista do porte dos envolvidos. Aang, o lendário menino que seria o  Avatar a comandar os quatro elementos, é liberado de um casulo de gelo pelos adolescentes Katara e Sokka e caminha entre eles como se fosse tomar uma coca-cola, normal um garoto sair de um edredon de gelo junto de uma criatura gigante, todo dia acontece isso. Minutos depois o péeeessimo, péeeeessimo, de novo: péeeessimo Dev Patel (de Quem Quer ser um Milionário), já está despirocado na procura do tal moleque. E ele é mal. Muito mal. Porque que ele é mal? porque não é bom, sei lá. Ele fica puto o tempo todo. Perdeu o pinto num acidente, vá saber. Não sei o que houve com o cabra, mas é pavio curto. Ataques e chiliques aviadados tipo de diretor de arte que a gente vê por aí é o máximo que o figura apresenta. Salva-se a arte do filme, visual bonito padrão e a coreografia meio origami quando eles vão dar golpes. Só. Cabô. Tem mais não. O filme é de uma incompetência tão absurda que cada diálogo tem um gancho no clichê e as cenas vão se sucedendo sem cola. Uma não necessariamente vai fazer referência a algo que consegue te levar pela história. O troço é chato. Quase zero de diversão como se fosse uma novela mexicana, coisa amadora. O filme te repele. Shyamalan perdeu o mojo, não acredito que recupere.

Nota: 3 atmospheras.

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