terça-feira, 12 de outubro de 2010

Crítica - Machete

Aconteceu? virou Machete!

Existe uma coisa estranha que é o chamado culto ao filme ruim. E não estou isento disso, há filmes ruins que me exercem uma certa hipnose; Duna de David Lynch por exemplo, é ruim que dói, mas tem qualquer coisa hipnótica na direção de arte e trilha que volta e meia ponho o DVD pra rever certos trechos.
Mas vou dizer que é bom e defender o filme? não, o troço é ruim mesmo e acabou. Agora, Tarantino... Tarantino... não. Não dá. Tarantino não é um diretor. É uma seita. E religião é aquilo: você acredita no que quiser. Se  quiser enxergar que há genialidade ali, planos "incríveis",  fique à vontade. Pense um pouquinho sobre aqueles convites de culto que você recebe onde te dizem que Jesus curou isso e aquilo e ainda tem um mais detemido que conta o quanto a tia sofria de dor de cabeça. Putz cara? dor de cabeça? que todo mundo tem e é uma coisa que vai e volta? não tem ninguém amputado que tenha a perna ou o braço restaurado depois de uma oração? ia ser mais interessante. Mas nunca tem. Bom, um belo dia o Jesus Tarantino juntou forças com o diretor de Pequenos Espiões (pois é), Robert Rodriguez e foram realizar uma boa idéia; simular os filmes ruins do passado mas na verdade fazê-los ruins de propósito de modo que ficassem bons (parece confuso mas não é). Não funcionou; Grindhouse é uma merda nesta e em qualquer dimensão paralela. É só mais uma coisa escatológica mas que pera lá: tinha algo bom ali!! sim, trailers de filmes fictícios do qual Machete foi a coisa realmente inspirada. Pôr Danny Trejo como herói então, divertidíssimo! Claro que viraria um filme.

Clichês de propósito e vamos nós!
Machete tem a esposa morta logo no início do filme após se mostrar um herói de ética inabalável no resgate de uma mocinha. E é delicioso o início com aqueles exageros e frases péssimas além da melhor coisa da projeção; a nudez da atriz Mayra Leal. Segue-se o herói derrotado e umas costuradas de como ele vai obter vingança. O problema ta aí. Com clichês mais que óbvios, é esperar o desfile de impossibilidades, exageros e um herói que ningém derrota. E sim temos alguma coisa das divertidas caricaturas mas Machete coitado, é totalmente dependente da ajuda dos outros personagens. Desperdiçou-se aqui  a idéia do cara que não tem pra ninguém e colocaram o sujeito como sempre foi: escada pros outros. Mexicano dependendo de americano e metade da graça vai embora. Qualquer um faz Machete de palhaço, o que deveria ser um herói absurdo, é mais um bundão. Há um momento do filme em que eles poderiam chutar o balde e fazer Machete detonando, no sentido sexual da palavra, a personagem da Jéssica Alba. Mas não, um beijinho e só. Até no momento da derrota do seu mais mortífero inimigo, o  Steven Seagal... nhé. Nem  é exatamente uma vitória. No filme dirigido por Ethan Maniquis (cruzes), aproveitaram mal uma boa sacada e elenco que inclui Robert Deniro, o cara de efeitos sangrentos Tom Savini, Lindsay Lohan e Michelle (nham, nham) Rodriguez. É...

Nota: 5 atmospheras. (Queria que fossem pelo menos 8)

Nenhum comentário:

Postar um comentário