Espião Bom é Espião...
Um bom filme de espionagem tem que ter alguns ingredientes básicos: envolver lados obscuros de várias relações internacionais ou, até mesmo, ser do mesmo lado. Ter boas reviravoltas, surpresas, traições, mortes, que são o molho consistente de uma boa trama. Enfim, num filme de espionagem todos são bandidos, todos são mocinhos, ninguém tem lado certo, tudo depende do ponto de vista.
A trama de Salt, de Phillip Noyce, que coleciona sucessos como Jogos Patrióticos, Perigo Real e Imediato e O Colecionador de Ossos, joga na tela os tradicionais confrontos entre espiões que se enfrentam num jogo de gato-e-rato, os quais já assitimos várias vezes. O roteiro de Kurt Wimmer (Thomas Crown, Os Reis da Rua, Código de Conduta) é agil e proporciona boas reviravoltas, mas nada diferente do que já foi mostrado em outros filmes. Porém, não deixa de ser bem construído, com ação e diálogos temperados de forma correta. Mas é só ! Como eu disse, nesse gênero, o mais importante é a trama cerebral, pois nem sempre de correria e tiros vive um filme de espionagem, apesar de Salt ser extremamente bem montado.
Angelina Jolie apresenta-se quase como um Jason Bourne de saias. Aliás, de calças ! Sua Evelyn Salt é uma mistura de Lara Croft com Sra. Smith, numa espécie de faz-de-tudo-um-pouco, sendo convincente acima da média, mesmo porque fez quase todas as suas cenas de ação sem utilizar dublê ! Liev Schreiber cumpre burocraticamente seu papel de espião, e Chiwetel Ejiofor (êita !!!) surpreende com o agente Peabody, mais do que Liev. Novamente, uma característica cuel de uma filme de espionagem: poucos protagonistas e muitos coadjuvantes.
No geral, Salt é uma brincadeira que não deu tão certo, mas tem algumas boas qualidades, apesar de não de fixar totalmente como filme de espionagem.
Nota: 7 atmospheras !
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