segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CINEMA - Os Mercenários (por Marcio Quintella)

Pouco Cérebro, Muita Ação, Sangue à Beça !

Soco, tiro, bomba, porrada, sangue, explosões, mortes, demolições, mutilações, mais tiros, porrada...Esqueci alguma coisa? Se sim, catem mais alguns adjetivos que se adequem à mais nova produção do eterno Rambo e Rocky e juntem aos que já estão aqui. Todos eles não serão suficientes para traduzir o desfile de canastrices e violência gratuitas que exibidas em Os Mercenários, a nova brincadeira de Sylvester Stallone.
A fórmula é a seguinte: juntem alguns atores decadentes e que já estavam esquecidos como Dolph Lundgren e Eric Roberts, somem a outros cuja carreira nunca decolou de fato, como Jet Li e Steve Austin, multipliquem pela brasilidade de uma ex-atriz global e elevem à potência de nomes de certa influência, Sylvester Stallone e Jason Statham, talvez os únicos do elenco que ainda façam alguma diferença para as bilheterias.

Agora, me perguntem: PRA QUE ROTEIRO??? Numa Disneylândia de efeitos pirotécnicos como essa, os diálogos deveriam ser suprimidos, pois até para decorar falas esses trogloditas devem ter dificuldades. Tramas, planos, tudo é desnecessário sem os massacres que são jogados na tela. A história é pra lá de batida, usada em outras produções, frouxa como ela só: numa republiqueta da América Latina, um impiedoso ditador oprime o povo, e depô-lo é questão de honra para um grupo de jamantas enxertadas de botox, lideradas por Stallone, em mais uma de suas produções que poderiam ter ficado eternamente na prateleira de um estúdio.

Bem, vamos ao elenco. Stallone não precisa se esforçar muito para fazer cara de mau, ele a faz e faz bem. Jason Statham, no papel de sempre, consegue escapar ileso. Dolph Lundgren, Jet Li, Randy Couture e Steve Austin estão no filme somente para constar. Eric Roberts interpreta um Roberto Justus latino-americano, mais falso do que uma nota de sete doláres. Gisele Itié se esforça para ser a mais latina possível, com um sotaque correto. E Mickey Rourke, o ator homem-elefante, em mais um papel de coisa nenhuma? Quanto mais deformado ele fica, mais ele perde sua capacidade de abrir a boca e atuar. O resto...Bem, alguém está interessado em saber quem está incluído no resto do elenco?
Apesar de tudo contra, Os Mercenários consegue extrair boas risadas da platéia formentando um feito audacioso: ser uma comédia de ação onde o que importa não é a história nem elenco. O fundamental é sair vivo!

Nota: 5 atmospheras !

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