domingo, 29 de agosto de 2010

CINEMA - A Origem (por Marcio Quintella)

Sonhar Custa Muito !
Como já disse meu camarada Urbano, Christopher Nolan nivela seus filmes por cima. Tanto na direção como em seus roteiros de difícil digestão, ele obriga o espectador a pensar. Filmes como Amnésia e O Grande Truque são obras que praticamente nos colocam contra a parede, forçando-nos a entrar na história como um dos personagens e vivê-la intensamente. Dose pra leão !
Em A Origem isso não é diferente. O diretor de Batman Begins e The Dark Knight foi além do convencional, e nos jogou dentro dos diversos níveis que um sonho pode ter. Isso deu respaldo a Nolan para tratar de temas ousados: realidade, consciência, ilusão,...Sua proposta de prender-nos nesses níveis foi corajosa e incomum, pois o roteiro não é nada linear, e entendê-lo é um desafio para qualquer cabeça.
Numa produção que alcançou o custo de U$ 200 milhões, Nolan narra a história de um perito em retirar segredos dos sonhos de pessoas, e que recebe a proposta inédita de implantar (daí o título original, INCEPTION !) uma ideia no nível mais profundo de seu sonho. O filme é complicado, cru e sem meias palavras, mas alcança o objetivo de dar vários nós e desatá-los um a um, fazendo com que o fio condutor da história fique desembaraçado por completo no final da trama.

O elenco está afinado com a ideia do diretor. Leonardo DiCarpio vem provendo que tem potencial desde Diamante de Sangue. Joseph Gordon-Levitt, Tom Hardy e Dileep Rao estão bem nos papéis de asseclas de DiCaprio. Ellen Page, com toda sua simplicidade, dá show como a arquiteta Ariadne, e Marion Cotillard sobra no papel de Mal. Presenças menos significativas, mas atores de destaque, Michael Caine e Pete Postlethwaite cumprem bem sua função. Ken Watanabe impressiona como Saito e Cillian Murphy faz o que sempre fez em papéis como o de Robert Fischer: NADA !!! E descobriram por onde andava o Tom Berenger e lhe deram um papel rastaquera, mas compatível como seu talento.
Por fim, A Origem não teria tido esse impacto todo se não fosse por um detalhe: a monstruosa e arrepiante trilha sonora de Hans Zimmer, que já havia trabalhado com Nolan nas duas produções de Batman, e compôs sucessos para filmes como A Casa dos Espíritos, A Última Ameaça, Além da Linha Vermelha, Gladiador, O Código Da Vinci e Sherlock Holmes.

Nota: 9 atmospheras !

Um comentário:

  1. Cara... achei o filme maravilhoso... mas não desata todos os nós...
    vc entra naquela realidade criada e consegui um bom entendimento do filme... mas quando se atenta aos detalhes, percebe q é dificil compreender quais momentos são reais, quais são ilusão...
    Falo de detalhes como a aliança q usa qnd esta dentro de um sonho... ou quando passa de um nivel p outro...
    E sua opinião sobre o tão falado fim do filme, é sonho ou realidade? O totem não para de girar!!!!

    ResponderExcluir