segunda-feira, 3 de maio de 2010

CINEMA - A Estrada

O fim do fim


Uaaahhhh... que sono... acabou o mundo de novo e lá vamos nós... mas.. é legal. Na boa, faço minhas brincadeiras mas assisto a todo filme que fala do fim da civilização. Esse é depressivo porque o personagem do Viggo Montessen teve a felicidade de casar com a personagem da linda  Charlize Theron, fez um filho e só curtiu alguns anos. O planeta está envenenado, não há animais e plantas comestíveis, quem sobrevive inescrupulosamente é canibal. O que aconteceu não se sabe. Quando a mãe Charlize decide ir embora, pai e filho tomam uma estrada a fim de encontrar uma forma menos pior de sobrevivência.

Não há deus ou santo ou esperança mítica qualquer. É um mundo onde sobrou apenas a realidade e o que há de pior nela. Tudo é cinza e não há muito o que fazer quando até as cores fugiram. Tragado por essa atmosfera, você peregrina ali com os dois tentando se agarrar a algo que dure um pouco mais.

O que um filme desses dirigido por John Hillcoat tem de bom é o exercício em si. Não há exatamente uma mensagem ou se há, pra mim ela não ficou clara. Os personagens não tem nome e isso é interessantíssmo pois acabam personificando uma genérica  da parte de dignidade humana quando mais nada resta, especialmente na figura do garoto que sustenta o que há de bom no pai quando ele sucumbe a uma atitude drástica. Vale a pena conferir esse exercício cinzento, entrar nesse mundo e ficar rodando as possibilidades na mente. Me incomodou a atitude logo no início da Charlize. Sem sentido naquilo. Mas seja o que for... sentido aonde quando nada faz diferença? Um bom filme.

Nota: 6,8 atmospheras.
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