O Forte Sexo Frágil
E não é que não prevaleceu o óbvio ? Quando todos pensavam que Avatar seria favas contadas, veio o filme de Kathryn Bigelow e mandou James Cameron pros ares.
Numa cerimônia das mais curtas (a festa terminou por volta das duas da manhã), Guerra ao Terror passou a perna em Avatar, e ficou com seis das noves estatuetas a que concorria, enquanto o filme de Cameron recebeu minguados três prêmios. E foi o ano em que mais um tabu foi quebrado: Kathryn Bigelow foi a primeira mulher a receber o Oscar de Melhor Diretor. Foi justo ? Bem, entre os cinco que concorriam, Lee Daniels poderia ter levado, pelo seu trabalho em Preciosa. Na minha opinião é de que o fato foi de encontro à coincidência pela proximidade ao Dia Internacional da Mulher. Então, criou-se a expectativa e, ultimamente, a Academia gosta dessas coisas. Quer dizer, foi justo, mas poderia ter sido perfeito.
Da premiação, poucas foram as surpresas. Os prêmios principais (Filme e Direção), como estavam no páreo, de certa forma, não foram novidade. Alguns Oscars técnicos poderiam ter sido dados a Avatar, como Edição, Edição de Som e Mixagem de Som. Mas Guerra ao Terror tem seus méritos nessa área. Com relação ao prêmio de Roteiro Original, tenho lá minhas dúvidas. Segundo um grande amigo, o tema sobre um grupo de homens desarmando bombas já foi explorado num filme estrelado por Jack Palance ! E o Oscar argentino pelo filme El Secreto de Sus Ojos é um tapa em nossa cara brazuca, para tomarmos vergonha e melhorar a qualidade do que fazemos por aqui e exibimos lá fora.
Descobri que Urbano e eu não somos tão bons de palpite assim. Das vinte e quatro premiações ocorridas, acertamos apenas nove, ou seja, 37,5 por cento. Quem sabe, ano que vem a coisa melhora.
Pra terminar, dou boas vindas pela volta da célebre frase "And The Winner Is...", bordão que nunca deveria ter sido abandonado na cerimônia.
Welcome back !
Até 2011 !
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