segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cinema – Um Homem Sério

Olha, sou um cara não muito simpático com os tipos de filmes dos irmãos Cohen. Fico com aquele pé atrás achando que é mais uma coisa sem nexo recheada de pretensão. Lembro do tão falado filme do David Lynch que ninguém mais comenta hoje porque não é importante mesmo: Cidade dos Sonhos. Na época era "ohhh que gênio". Por que? insisto na tecla da honestidade.  Duas coisas prestam naquele filme: a cena lésbica e Naomi Watts se masturbando. É um troço bem babaquinha cheio de afetação do diretor que já havia agraciado o mundo com o excelente Homem Elefante se eu não me engano de 1982. Ou seja; há caras bons mas que de vem em quando fazem coisas pro próprio ego confiantes de que vai haver um monte de teleguiados babando o ovo. E é o que acontece mesmo.
Daí vamos lá né, conferir o novo filme dos tais irmãos Cohen... maneiro!!  Que droga, eu gostei ! Eu não esperava gostar desse filme. Não é um deboche, não vou te dizer que é brilhante e tal porque não é. Mas é delicioso de se assistir com personagens tão inusitados numa esteira de situações idem. Isso me conquistou.
O Michael Sthulberg vive Larry Gopnik, um passivo professor de física que vai  seguindo com a vida até que as coisas saem dos eixos em todos os seus aspectos: sua mulher informa que está tendo um caso, a filha rouba seu dinheiro, a sonhada estabilidade no emprego é ameaçada e é só o início. Como ele é judeu, vai buscar respostas de 3 rabinos. Um deles vivido por Simon Heiberg, o impagável Wolowitz de The Big Bang Theory. Vale comentar que o protagonista em si já tem muita coisa do Leonard da mesma série. Momentos engraçados oscilam com dramáticos tocados pela piano de Carter Burwell numa trilha sonora que cola nos sentimentos. O problema dos irmãoes Cohen é aquele ódio que faz a gente sentir no final. Porque não tem final. Eles apenas abrem perguntas, soltam as pontas e não fecham nenhuma. Será que não sabem?

Nota : 7,0 atmospheras!

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