Não, não me censurem pelo subtítulo acima. Mas, com certeza, Avatar irá amealhar algumas estatuetas na noite do dia 07 de março.
Estou torcendo pelo filme ? Óbvio que não, mas é a cara da Academia premiar esse tipo de superprodução, que chama a atenção pelos efeitos estrondosos e roteiro fraco, como foi o caso de Titanic, também de James Cameron.
No caso de Avatar, que narra a saga de um povo e sua luta contra o impiedoso rolo compressor do desenvolvimento e exploração desmedidos, é um pouco diferente, já que essa linha de pensamento gerou uma história interessante, aliada à toneladas de efeitos especiais de última geração, resultando na produção mais cara dos últimos tempos.
Compensou ? De certa forma sim, pois Avatar, apesar de ser muito longo, é ágil na narrativa, embalada por um roteiro com boas idéias, dentre elas os conflitos existenciais da personagem Jake Sully e os conceitos de diferenças entre as civilizações e, apesar do final um pouco óbvio, a história não decepciona. Assistido em 3-D, o filme, nos primeiros momentos, me pareceu uma animação digna da Dreamworks ou Pixar, principalmente no ambiente do planeta Pandora, terra dos Na'vi.
Cameron traz referências de um de seus melhores filmes, Aliens, o Resgate, colocando no elenco a eterna "Ripley" Sigourney Weaver, e copiando descaradamente a empilhadeira utilizada na luta contra a "mãe" Alien, transformando-a num robô comandado por impulsos humanos. Além disso, contou com a competente batuta do maestro James Horner, seu parceiro em Titanic e responsável pelas trilhas de Uma Mente Brilhante, Apolo 13 e Mar em Fúria, dentre tantas outras.
No elenco, além de Sigourney Weaver e Sam Worthington, que fazem a dupla de bisbilhoteiros Na'vi/humanos, Zoe Saldana encara sua Neytiri numa boa. Espero vê-la em breve na pele da Srta. Uhura, na provável continuação de Star Trek. Stephen Lang está bem como o "cara de pedra" Cel. Miles, e Giovanni Ribisi não decepciona como o "cientista sabichão, bobão e metidão". Isso para não babar o ovo da gostosona Michelle Rodriguez como a piloto Trudy. Pena que sua Ana Lucia, de LOST, não emplacou.
Enfim, Avatar é um bom filme, apesar da grande fanfarra que estão fazendo a favor dele. Diverte sem chatear.
Nenhum comentário:
Postar um comentário