Pra acabar!!
Ninguém se esquece de Independence Day, quando os alienígenas se deram mal por não usar Mac. Rolland Emmerich se divide em filmes divertidos como esse Independence, O Dia depois de Amanhã, Soldado Universal, o passável Stargate e a inacreditável porcaria 10.000 A.C. Daí o medo de como ele iria destruir o mundo dessa vez. Mas o alemão do lado rosa da força destruiu com estilo!
Divertidíssimo, você tem de ter noção de que 2024, digo, 2012 de Emmerich não é esmerado em se ater a realidade. Seu propósito é entreter nos efeitos e correrias e os trailers te dizem isso. Nada de reclamar portanto se um avião é poupado da maior explosão vulcânica do universo. Na verdade, a preocupação com a realidade foi até bem maior do que eu previ. Apenas um personagem é bobo e ele está no meior de tantas avalanches que não causa mal ao resto.
É assim a história: os maias sabe-se lá por qual macumba científica, previram o fim de um ciclo (o mesmo que fim do mundo) pra 21 de dezembro de 2012 atualizando pro nosso calendário. Daí, em 2010, um cientista americano encontra um indiano que sacou que a tempestade solar que sempre bombardeia a terra de neutrinos, expeliu de um jeito que as partículas dessa vez causaram mutação no núcleo do planeta dissolvendo a 'cola" que mantém as placas unidas. Aí não tem jeito, é pouco tempo pras autoridades formarem um plano pra salvar o que der em 2 anos! Foi uma explicação bem maneira que apesar de improvável, afasta do misticismo. Os governos ricos então começam a construir em segredo, arcas gigantescas a fim de abrigar humanos e espécies até o planeta sossegar. Sabe por que eles fazem isso? porque não sou eu no comando. Se sou o diretor desse troço no período de 2 anos, aproveitaria tudo que é balão e construíria o máximo de superdirigíveis possíveis. Dava pra salvar 100 vezes mais do que eles planejam...
Ok ego, voltemos ao filme. Jonh Cusak (como Jackson Curtis), o protagonista, repete seu papel de escritor com cara de bocó, mas de uma forma estranha seu deslocamento no filme funciona. Como mostrar as hiperdetalhadas cenas de destruição em lugares diferentes sem um fio condutor? Emmerich resolveu bem isso através de Cusak. Aliás, felicíssimo com o elenco todo dedicado que entre o inspirado Oliver Plat, Danny Glover como presidente e a deliciosa Thandie Newton (dá vontade de lamber) como filha, inclui uma pérola de interpretação hilária de Woody Harrisson. Seu ingresso neste ponto já está pago e as destruições nem começaram.
Quando começam, é maneiro demais! É o clímax da montanha russa com cenas em primeiro plano de carros, aviões no meio de prédios em frangalhos e em paralelo, as saborosas discursões políticas e científicas ainda com o requinte das teorias de conspirações que voltaram a integrar a moda. Bom apetite!
Perto do fim, há umas caídas. Uns ajustes de destinos de personagens a fim de se manter algumas tradições. Precisava disso não, mas é tão perdoável como os helicópteros que levam animais como girafa, elefantes e rinocerontes para as arcas. Nada contra. Mas por que não levaram filhotes que ocupam bem menos espaço? sem contar a alimentação. De qualquer jeito, a película vale!
É claro que você pode baixar na internet ou comprar uma versão no camelô, acontece que quando as cidades caem, nada supera a experiência de ver no cinema os detalhes das pessoas se agarrando com o cenário urbano espatifando no inferno abaixo enquanto escapes impossíveis esganam o fôlego. Veja no cinema ou não veja.
8,5 atmospheras!
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