Imagine que você é fã de carteirinha, com mensalidades em dia, de Michael Jackson, e alguém chega e diz pra você: “Quer passar alguns dias registrando os ensaios para o próximo, e último, show do Michael ?” O que você faz ? Desmaia, é claro !
Que nada, você vai lá e grava somente o “crème de la crème”, com os momentos mais brilhantes e inesquecíveis do ensaio para o show que nunca irá acontecer.
Foi isso que o Sr. Kenny Ortega, responsável pelo megassucesso “High School Musical”, levou às telas: um bom documentário com as cenas mais positivas dos bastidores de “This Is It”, uma espécie de tributo velado a Michael Jackson.
Primeiramente, esqueçam o homem que ficou branco, que foi acusado de assediar crianças e jovens, que teve sua vida mais revirada do que a de um serial killer. No filme, MJ (como foi constantemente chamado por Ortega e sua equipe) mostra porque foi um dos mais influentes “show man” da música contemporânea. O cara domina todos os cantos do palco e diverte-se nele como se fosse um parque de diversões, colocando todos no bolso, desde o próprio diretor até o experiente músico Michael Bearden, com quem tem um bate-boca discreto sobre os arranjos de “The Way You Make Me Feel”. Perfeccionista e disciplinado, Michael se envolve de corpo e alma em seu derradeiro projeto, pois conhece cada milímetro de suas canções e não abre mão de reproduzi-las do modo mais exato, como se estivéssemos ouvindo-as em seus CDs ou LPs (pros mais velhos, como o papai aqui...).
A única objeção que faço é que o filme é perfeito demais, tem imagens positivas demais e momentos felizes sempre. Não vemos uma cena de bastidor em que Michael esteja mais à vontade, cansado, reclamando, ou que haja uma simples conversa entre ele e alguém de sua equipe. Isso seria desnudar MJ de forma mais completa.
Mas, enfim, existe música e produção de forma tão monstruosa que as cenas que ficaram faltando, na minha opinião, não fazem a mínima falta. E quando falo de música, faço uma reverência ao excelente time de músicos que acompanham Michael. A batida seca e brutal de Jonathan Moffett, a quem tive o prazer de assistir nos shows de George Michael (Rock in Rio 2 - Maracanã) e no primeiro de Madonna, conduz o repertório com a perfeição de um metrônomo.
Mas o destaque, mesmo, vai para a Australiana de origem grega Orianthi Panagaris, que esmerilha uma guitarra melhor do que muito marmanjo que ainda não saiu da barra da calça da mamãe. Além de bonita e charmosa, a moça manda bem em “Black or White” e “Beat It”.
No final da contas, um filme para fãs que pode ser apreciado por todos que, um dia, assoviaram, cantarolaram e, até mesmo, dançaram qualquer canção de um dos grandes ícones da música pop mundial.
R.I.P., Michael...
Nota: 9,5 atmospheras !
Que nada, você vai lá e grava somente o “crème de la crème”, com os momentos mais brilhantes e inesquecíveis do ensaio para o show que nunca irá acontecer.
Foi isso que o Sr. Kenny Ortega, responsável pelo megassucesso “High School Musical”, levou às telas: um bom documentário com as cenas mais positivas dos bastidores de “This Is It”, uma espécie de tributo velado a Michael Jackson.
Primeiramente, esqueçam o homem que ficou branco, que foi acusado de assediar crianças e jovens, que teve sua vida mais revirada do que a de um serial killer. No filme, MJ (como foi constantemente chamado por Ortega e sua equipe) mostra porque foi um dos mais influentes “show man” da música contemporânea. O cara domina todos os cantos do palco e diverte-se nele como se fosse um parque de diversões, colocando todos no bolso, desde o próprio diretor até o experiente músico Michael Bearden, com quem tem um bate-boca discreto sobre os arranjos de “The Way You Make Me Feel”. Perfeccionista e disciplinado, Michael se envolve de corpo e alma em seu derradeiro projeto, pois conhece cada milímetro de suas canções e não abre mão de reproduzi-las do modo mais exato, como se estivéssemos ouvindo-as em seus CDs ou LPs (pros mais velhos, como o papai aqui...).
A única objeção que faço é que o filme é perfeito demais, tem imagens positivas demais e momentos felizes sempre. Não vemos uma cena de bastidor em que Michael esteja mais à vontade, cansado, reclamando, ou que haja uma simples conversa entre ele e alguém de sua equipe. Isso seria desnudar MJ de forma mais completa.
Mas, enfim, existe música e produção de forma tão monstruosa que as cenas que ficaram faltando, na minha opinião, não fazem a mínima falta. E quando falo de música, faço uma reverência ao excelente time de músicos que acompanham Michael. A batida seca e brutal de Jonathan Moffett, a quem tive o prazer de assistir nos shows de George Michael (Rock in Rio 2 - Maracanã) e no primeiro de Madonna, conduz o repertório com a perfeição de um metrônomo.
Mas o destaque, mesmo, vai para a Australiana de origem grega Orianthi Panagaris, que esmerilha uma guitarra melhor do que muito marmanjo que ainda não saiu da barra da calça da mamãe. Além de bonita e charmosa, a moça manda bem em “Black or White” e “Beat It”.
No final da contas, um filme para fãs que pode ser apreciado por todos que, um dia, assoviaram, cantarolaram e, até mesmo, dançaram qualquer canção de um dos grandes ícones da música pop mundial.
R.I.P., Michael...
Nota: 9,5 atmospheras !
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