quarta-feira, 26 de agosto de 2009
CINEMA - O Grupo Baader-Meinholf
Você achou Munique, uma obra com muita pompa de seriedade, mas na prática, uma história mal contada pelo Spielberg? além de chato pra dedéu? arrisque suas chances com este dedicado projeto do cinema alemão. Uli Edel, o diretor deste, não comete os erros de Munique e conta muito bem esse outro tomo de terroristas; o nascimento do extremismo na cabeça de um grupo de jovens alienados, apesar das motivações, e liderados pelo inconsequente Andreas Baader e em como a jornalista Ulrike Meinholf, supostamente com a cabeça no lugar, se enfiou na encrenca. Esses jornalistas... tsc, tsc...
Uli Edel consegue te transpor aqueles tempos em que a violência fora atrelada aos ideologismos radicalmente e de forma quase espontânea. A memória da segunda guerra na Alemanha confundiu as gerações seguintes que correram pro mais simples a fim de se encaixar: as definições bem parrudas do que é esquerda e direita. Tudo, especialmente para a juventude, era vista em preto e branco num microverso. Alienação no mundo cujo assunto era Vietnam, drogas e liberdade, era fácil. Aliás, é até hoje, mas a geração atual é a da desinformação disfarçada de excesso de informação. Ei, isso é outra história! Voltando ao filme:
Edel mostra o ponto de vista da facção, o que pode ser mal interpretado como apologia. Com equilíbrio dinâmico entre a crueza dos fatos e linguagem, ele ainda consegue um filme de ação tensa sem deixar o documental prejudicado. Não faltaram explosões e mortes na trajetória do grupo. Vale muito a pena correr ao cinema e assistir a história acontecer. Tudo bem, não se trata do Brasil, mas dá pra ler as entrelinhas... tem coisa ali.
Por: Urbano
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