Um monstruoso filme de monstros
Desde Jurassik Park em 1993 que avanços nos efeitos visuais reforçaram a esperança deste nerd na alvorada de filmes de monstros incluindo o rei deles. Em 1998 Roland Emerich me faz uma sessão da tarde tão lugar-comum e quase nenhum respeito pela obra japonesa.
Um pouco de história: Godzilla teve seu primeiro filme em 1954. Bobo de quem fica dando risadinha forçada pra parecer adulto apontando os óbvios limites técnicos de um filme feito há 60 anos. Trata-se do tão falado reflexo na cultura de um país que recebeu dois ataques nucleares 9 anos antes. No enredo, a radiação criou o Godzilla, basicamente um monstro de 100 metros destruindo o Japão que encontra pela frente. O filme era sério e ainda hoje captura a atenção do espectador que dedicar tempo suficiente.
Em 1956 os americanos pegam esse mesmo filme e reeditam inserindo cenas com um ator... americano (na verdade inglês só pra dar uma atenuada) Raymond Burr virou um tipo protagonista e testemunha ocular dos eventos do Godzilla. Se foi uma safadeza estadunidense ou uma ação pra que americanos pudessem assistir, não sei. Mas vá lá: facilitou chegar ao ocidente.
Em 2012 ficamos sabendo que o excelente Frank Darabont iria tomar as rédeas da produção do projeto de um novo Godzilla. Frank Darabont que eu gostaria que estivesse por trás das franquias Star Trek e Star Wars dirigiu dentre outros, dois filmaços: Um Sonho de Liberdade e O Nevoeiro. Sempre muito sóbrio, sempre com uma âncora na realidade lidando com o fantástico como poucos cineastas. A direção já ficaria com Gareth Edwards diretor novo vindo do filme Monstros que aparentemente só eu achei bem ruinzinho. Pra resumir: um filme de monstros onde nada acontece. Com expectativa meio a meio algo mudou a balança: trailers impressionantes.
Quando não cabe na caixa, se critica?
MAS... eu e minha mania de ler críticas me fizeram ler tanta coisa negativa na semana a estréia do filme. Uma dizia que o monstro mal aparecia. Outra que a ação se concentrava num casal chato tentando se reencontrar. Bom, arrisquei ir ao cinema e... é um autêntico filme de Godzilla! Sim, o monstro aparece bastante e não, a ação não se concentra no casal chato (chato mesmo, concordo) querendo se encontrar. Há mesmo qualquer coisa de um ritmo diferenciado no comando de Garretg Edwards, algo que desacelera quando pensamos que vai acelerar. E há também vontades próprias por conta da presença do elenco, é o momento em que imaginamos Bryan Cranston num papel diferente do que realmente executa no filme. Impossível não gerar frustrações nos fãs de Breaking Bad. Há também minha maior reclamação quanto ao filme: Ken Watanabe que mantem a exata mesma expressão em todos os minutos que aparece: a de completamente perdido. Sendo lamentavelmente o oriental mais importante no filme, era de imaginar que tivesse uma posição de respeito.
E se a presença japonesa em si foi infelizmente posta de lado, a apropriação de suas ideías é seguida bem mais a risca. O design do Godzilla, sua forma de movimentar, detalhes das lutas e mesmo uma série de "presentes" pros fãs dão uma enobrecida no projeto ainda mais acrescido com a tecnologia atual onde temos riqueza e realismo espetaculares na destruição de cidades. Melhor ainda é a ousadia em filmar sequências sem medo algum de parecerem exageradas ou tolas num filme com atmosfera tão séria.
Fica o meu desejo de uma parte 2 embora isso de forma algum seria algo indispensável num filme bem resolvido.
Nota: 8 atmospheras.
domingo, 18 de maio de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
CRÍTICA - Robocop 2014 (por Urbano)
Uma ficção científica assustadoramente possível.
Estabelecendo alguns pontos antes de começar essa crítica: sou fã do Robocop clássico de modo a saber as falas de cor. Sou fã do José Padilha pelos Tropa de Elite e Ônibus 174. Achei ele ideal pra um remake de Robocop e sim: sou a favor de remakes. Não, eles não estragam os filmes originais. O original continua lá. O problema é que raramente um remake é feito com fôlego próprio e qualidade equivalente.
Robocop de 1987 foi muito provavelmente inspirado nos japoneses O Oitavo Homem (1963) e Cyborg 009. Muitas semelhanças de décadas antes de Paul Verhoeven. Sem falar de Astro Boy (1952). Portanto antes de dizer que o Robocop atual copia Jiraya, pense de novo.
Contra a nova versão, há muita má vontade dos fãs do original que condenam o novo antes mesmo de assistir. E quando assistem, qualquer coisa se interpreta pra combinar com a condenação prévia a que já se tinha feito. É uma pena essa atitude não apenas sobre crítica a um filme, mas por qualquer senso que se tenha na vida.
Há de se entender - diferente de concordar - o porque dessa má vontade. O primeiro Robocop foi tão impressionante e o segundo foi por um caminho tão bom que parecia que a franquia estava estabelecida. Mas o que tivemos no terceiro, nas séries de tv e desenhos animados: tentativas de infantilizar. Ficou então o desejo de uma retratação que nunca aconteceu. Ano após ano os fãs alimentaram um novo capítulo pra Alex Murphy dentro da história e personagens originais como foram apresentados. Mas nada foi feito.
Acontece que passou tempo demais praquele mundo ser revisitado e continuar crível tal como foi idealizado em 1987. Próteses com a tecnologia atual igualam a movimentos rápidos em atletas paralímpicos. Um Robocop lento em nossa atualidade não venderia eficiência. Se você o enfrentasse, não iria mirar no peitoral a prova de balas enquanto poderia facilmente acertar no queixo desprotegido de algo que vai na sua direção há um quinto da sua velocidade. Não, não estou apontando defeito num filme que adoro. Estou dizendo que aceitamos o que nos foi apresentado pois estávamos impressionados com tantas qualidades em uma outra era.
Anos 1970. Na série O Homem de Seis Milhões de Dólares, o recurso pra mostrar Lee Majors correndo em alta velocidade com seus membros biônicos era justamente o de colocar a imagem em câmera lenta. Nós é que abstraímos e, por querer dar suporte a idéia, compramos a noção de que ele se movia mais rápido que um ser humano comum. Isso seria ridículo já nos anos 1980. Mas quem curtia a série estava satisfeito.
Acho que provei meu ponto.
E o novo, como ficou?
Aceitando que meu Robocop predileto não funcionaria num futuro ainda mais acelerado que nosso tempo presente e de que Peter Weller é um senhor de idade. Fui ao cinema assistir ao Robocop de José Padilha vestido por Joel Kinnaman, aceitando sim as atualizações. Curti desde o início os trailers, a nova armadura, a agilidade e o conceito: nesse futuro o domínio da robótica já é pleno. A OCP na figura de Raymond Sellar (Michael Keaton, excelente), já trabalha em conjunto com exército vendendo robôs que controlam a pacificação urbana em diversos países. E Sellar quer expandir seu mercado colocando robôs dentro dos EUA. Mas a população não aceita. Daí a necessidade de um elemento que a sociedade adote e celebre como herói. Sellar entra em acordo com o gênio da robótica e próteses Dennet Norton (Gary Oldman) pra encontrar um candidato que esteja numa situação física tão limite que aceitaria a proposta mais radical.
E quando falo de radical, nem imaginei que fosse tanto. Ponto pro filme ousado em certos momentos que achei muito fortes pra uma censura PG-13 e devo ter pesadelos. Isto foi um elogio. Aliás, Padilha conseguiu driblar os limites da tal censura com maestria tal como ele comanda sem erro as coerências desse futuro que parece a meia vírgula de acontecer. Se trata acima de tudo, uma ficção científica assustadoramente possível. As cenas que abrem o filme são tão impactantes e verossímeis que a frase ingresso já pago, se justifica. Dá vontade de ver mais da ação desse futuro em outros países, outras histórias acontecendo. E essa abertura é pontuada com informações totalmente parciais do apresentador Pat Novak (Samuel L. Jackson) de direita que apóia totalmente a idéia de Sellar. O grande capricho está em cada frase ou diálogo dos personagens que não estão ali sendo carregados pelas circunstâncias, mas tentando moldar cada ato a seu favor e todos, muito inteligentes em seus pontos de vista. Confia-se no intelecto do público.
Seguem-se as justificaticas irretocáveis da criação do Robocop em seu contexto e frames da base científica. Quando as armaduras são apresentadas, novo alívio: em nenhum momento parece um homem vestido com uma fantasia e sim uma máquina carregando o que sobrou de um ser humano. Blindado, nada frágil e tome-lhe ajustes e alterações e levantes sobre livre arbítrio já que Alex Murphy tem implantes que pensam por ele na hora da ação. O conflito se dá justamente pela extrema eficiência do produto. Até esse momento, se trata de um filmaço!
O problema é o depois.
Ficamos esperando mérito de Alex Murphy e essa oportunidade não aparece, ele está dependente um tanto demais. Em dado momento um ato de coragem se transforma numa surra homérica onde é salvo por um clichê. A frieza das máquinas parece também ter afetado esse mundo pois apesar do elenco principal ser ótimo, os coadjuvantes vilões (exceto Keaton) são de isopor. Não há catarse quando criminosos são derrubados. Outro incômodo é próprio Joel Kinnaman. Tem bons momentos pontuais, mas poderíamos sentir mais de alguma introspecção. O que ocorre a ele não foi nada fácil o que Padilha faz questão de lembrar de modo chocante, ousado e que nem precisava repetir. O recado ja estava dado. Assim como as repetições de Samuel L. Jackson poderiam ser reduzidas em prol de algo criativo pois lá pra terceira vez cansa e ficamos torcendo pra algo novo acontecer e não uma estrada reta que conduz até o final.
Esse é o problema do novo Robocop; faltou tempero. Algo inusitado, um passo além, alguma surpresa mesmo dentro do excelente novo conceito culminando num final com um ápice mais emocionante. Seja como for, o que foi estabelecido merece que tenha as consequências exploradas e uma chance de Alex Murphy fazer a diferença por mérito próprio.
6,7 Atmospheras.
Estabelecendo alguns pontos antes de começar essa crítica: sou fã do Robocop clássico de modo a saber as falas de cor. Sou fã do José Padilha pelos Tropa de Elite e Ônibus 174. Achei ele ideal pra um remake de Robocop e sim: sou a favor de remakes. Não, eles não estragam os filmes originais. O original continua lá. O problema é que raramente um remake é feito com fôlego próprio e qualidade equivalente.
Robocop de 1987 foi muito provavelmente inspirado nos japoneses O Oitavo Homem (1963) e Cyborg 009. Muitas semelhanças de décadas antes de Paul Verhoeven. Sem falar de Astro Boy (1952). Portanto antes de dizer que o Robocop atual copia Jiraya, pense de novo.
Contra a nova versão, há muita má vontade dos fãs do original que condenam o novo antes mesmo de assistir. E quando assistem, qualquer coisa se interpreta pra combinar com a condenação prévia a que já se tinha feito. É uma pena essa atitude não apenas sobre crítica a um filme, mas por qualquer senso que se tenha na vida.
Há de se entender - diferente de concordar - o porque dessa má vontade. O primeiro Robocop foi tão impressionante e o segundo foi por um caminho tão bom que parecia que a franquia estava estabelecida. Mas o que tivemos no terceiro, nas séries de tv e desenhos animados: tentativas de infantilizar. Ficou então o desejo de uma retratação que nunca aconteceu. Ano após ano os fãs alimentaram um novo capítulo pra Alex Murphy dentro da história e personagens originais como foram apresentados. Mas nada foi feito.
Acontece que passou tempo demais praquele mundo ser revisitado e continuar crível tal como foi idealizado em 1987. Próteses com a tecnologia atual igualam a movimentos rápidos em atletas paralímpicos. Um Robocop lento em nossa atualidade não venderia eficiência. Se você o enfrentasse, não iria mirar no peitoral a prova de balas enquanto poderia facilmente acertar no queixo desprotegido de algo que vai na sua direção há um quinto da sua velocidade. Não, não estou apontando defeito num filme que adoro. Estou dizendo que aceitamos o que nos foi apresentado pois estávamos impressionados com tantas qualidades em uma outra era.
Anos 1970. Na série O Homem de Seis Milhões de Dólares, o recurso pra mostrar Lee Majors correndo em alta velocidade com seus membros biônicos era justamente o de colocar a imagem em câmera lenta. Nós é que abstraímos e, por querer dar suporte a idéia, compramos a noção de que ele se movia mais rápido que um ser humano comum. Isso seria ridículo já nos anos 1980. Mas quem curtia a série estava satisfeito.
Acho que provei meu ponto.
E o novo, como ficou?
Aceitando que meu Robocop predileto não funcionaria num futuro ainda mais acelerado que nosso tempo presente e de que Peter Weller é um senhor de idade. Fui ao cinema assistir ao Robocop de José Padilha vestido por Joel Kinnaman, aceitando sim as atualizações. Curti desde o início os trailers, a nova armadura, a agilidade e o conceito: nesse futuro o domínio da robótica já é pleno. A OCP na figura de Raymond Sellar (Michael Keaton, excelente), já trabalha em conjunto com exército vendendo robôs que controlam a pacificação urbana em diversos países. E Sellar quer expandir seu mercado colocando robôs dentro dos EUA. Mas a população não aceita. Daí a necessidade de um elemento que a sociedade adote e celebre como herói. Sellar entra em acordo com o gênio da robótica e próteses Dennet Norton (Gary Oldman) pra encontrar um candidato que esteja numa situação física tão limite que aceitaria a proposta mais radical.
E quando falo de radical, nem imaginei que fosse tanto. Ponto pro filme ousado em certos momentos que achei muito fortes pra uma censura PG-13 e devo ter pesadelos. Isto foi um elogio. Aliás, Padilha conseguiu driblar os limites da tal censura com maestria tal como ele comanda sem erro as coerências desse futuro que parece a meia vírgula de acontecer. Se trata acima de tudo, uma ficção científica assustadoramente possível. As cenas que abrem o filme são tão impactantes e verossímeis que a frase ingresso já pago, se justifica. Dá vontade de ver mais da ação desse futuro em outros países, outras histórias acontecendo. E essa abertura é pontuada com informações totalmente parciais do apresentador Pat Novak (Samuel L. Jackson) de direita que apóia totalmente a idéia de Sellar. O grande capricho está em cada frase ou diálogo dos personagens que não estão ali sendo carregados pelas circunstâncias, mas tentando moldar cada ato a seu favor e todos, muito inteligentes em seus pontos de vista. Confia-se no intelecto do público.
Seguem-se as justificaticas irretocáveis da criação do Robocop em seu contexto e frames da base científica. Quando as armaduras são apresentadas, novo alívio: em nenhum momento parece um homem vestido com uma fantasia e sim uma máquina carregando o que sobrou de um ser humano. Blindado, nada frágil e tome-lhe ajustes e alterações e levantes sobre livre arbítrio já que Alex Murphy tem implantes que pensam por ele na hora da ação. O conflito se dá justamente pela extrema eficiência do produto. Até esse momento, se trata de um filmaço!
O problema é o depois.
Ficamos esperando mérito de Alex Murphy e essa oportunidade não aparece, ele está dependente um tanto demais. Em dado momento um ato de coragem se transforma numa surra homérica onde é salvo por um clichê. A frieza das máquinas parece também ter afetado esse mundo pois apesar do elenco principal ser ótimo, os coadjuvantes vilões (exceto Keaton) são de isopor. Não há catarse quando criminosos são derrubados. Outro incômodo é próprio Joel Kinnaman. Tem bons momentos pontuais, mas poderíamos sentir mais de alguma introspecção. O que ocorre a ele não foi nada fácil o que Padilha faz questão de lembrar de modo chocante, ousado e que nem precisava repetir. O recado ja estava dado. Assim como as repetições de Samuel L. Jackson poderiam ser reduzidas em prol de algo criativo pois lá pra terceira vez cansa e ficamos torcendo pra algo novo acontecer e não uma estrada reta que conduz até o final.
Esse é o problema do novo Robocop; faltou tempero. Algo inusitado, um passo além, alguma surpresa mesmo dentro do excelente novo conceito culminando num final com um ápice mais emocionante. Seja como for, o que foi estabelecido merece que tenha as consequências exploradas e uma chance de Alex Murphy fazer a diferença por mérito próprio.
6,7 Atmospheras.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
TRAILER do novo ROBOCOP
O remake do Robocop é o filme que eu quero acreditar!
Tem o diretor certo e uma proposta que afasta (talvez até demais) da proposta original. O trailer é competente mas nada me pareceu um mundo soft e não o peso sujo do original. Veremos o que José Padilha conseguiu fazer em 2014.
sábado, 10 de agosto de 2013
CRÍTICA - PACIFIC RIM/Círculo de Fogo (por Urbano)
Faltou tão pouco pra ser um filmaço!
Tradição nas animações e séries japonesas, homens tripulando robôs gigantes contra monstros colossais é uma coisa que muitos de nós desejaríamos ver numa megaprodução com... japoneses. Mas um mexicano em Hollwood atirou primeiro.
Guilhermo Del Toro é o cineasta que particularmente eu adoraria ser muito fã. O que rola é que as obras dele não vão muito além do visual. Labirinto do Fauno é um bom exemplo. Mesmo assim há uma força genuína em contar uma história com um visual magnífico e não ter um visual magnífico pra encerrar em si com vazio. É a diferença entre Del Toro e Michael Bay. Bay parece escrever cenas de ação e costurá-las com qualquer desculpa. Del Toro tem uma história onde a ação acontece por conta dela. Comparar Transformers e Pacific Rim além de inevitável, faz todo sentido.
Junta os 3 Transformers e não dá meio Rim.
Sou contra a noção da obrigação de que uma premissa espetaculosa tenha de entregar um filme tolo. Por isso acho Transformers o maior desperdício de uma excelente idéia que o cinema já usou. Mas vejam vocês, Pacifi Rim não é de modo algum um filme sério. É interessante que tanto Pacifi Rim quanto Transformers são recheados de personagens bobos e situações inverossímeis. A diferença é o talento atrás da orquestra de tudo isso.
Tradição nas animações e séries japonesas, homens tripulando robôs gigantes contra monstros colossais é uma coisa que muitos de nós desejaríamos ver numa megaprodução com... japoneses. Mas um mexicano em Hollwood atirou primeiro.
Guilhermo Del Toro é o cineasta que particularmente eu adoraria ser muito fã. O que rola é que as obras dele não vão muito além do visual. Labirinto do Fauno é um bom exemplo. Mesmo assim há uma força genuína em contar uma história com um visual magnífico e não ter um visual magnífico pra encerrar em si com vazio. É a diferença entre Del Toro e Michael Bay. Bay parece escrever cenas de ação e costurá-las com qualquer desculpa. Del Toro tem uma história onde a ação acontece por conta dela. Comparar Transformers e Pacific Rim além de inevitável, faz todo sentido.
Junta os 3 Transformers e não dá meio Rim.
Sou contra a noção da obrigação de que uma premissa espetaculosa tenha de entregar um filme tolo. Por isso acho Transformers o maior desperdício de uma excelente idéia que o cinema já usou. Mas vejam vocês, Pacifi Rim não é de modo algum um filme sério. É interessante que tanto Pacifi Rim quanto Transformers são recheados de personagens bobos e situações inverossímeis. A diferença é o talento atrás da orquestra de tudo isso.
sábado, 3 de agosto de 2013
CINEMA – Homem de Aço (por Marcio Quintella)
Quem Dera Que Fosse Um Pássaro, Um
Avião...Enfim, é o Super Homem...
Mais uma
vez, ele. Mais uma vez, o que será que deu errado? Seria Zack Snyder? Seria, como reza a lenda, a maldição do homem da capa
vermelha?
O super
herói com uma das maiores versões de sua história volta às telas, numa
recriação de Zack Snyder,
responsável por Madrugada dos Mortos,
300, Watchmen e Sucker Punch,
entre outros. Com roteiro de David S.
Goyer e história do próprio Goyer
e Christopher Nolan, Homem de Aço é um filme que deixa a
desejar, não na consistência da trama, mas no formato em que ele foi entregue.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
CINEMA – Meu Malvado Favorito 2
Filme Bom Sobre um Cara Mau Feito o
Coelhinho da Páscoa.
Atenção
! O Maior VILÃO...
Vamos
tentar de novo.
Atenção!
O maior MALVADO...
Droga,
agora vai.
Atenção!
O maior VILÃO DE CORAÇÃO MOLE DO MUNDO ESTÁ DE VOLTA!!!
Ah!
Agora sim está perfeito. E não é que, com o estrondoso sucesso de Gru, Margô, Edith, Agnes e os Minions, Meu Malvado
Favorito teve uma continuação à sua altura? Certeira, dinâmica, bombástica,
magnânima, divertidíssima. Enfim, tudo o que essa turma do barulho tem direito.
E, agora, muito bem acompanhados!
quinta-feira, 25 de julho de 2013
TRAILER: Nova série COSMOS!!
Se eu tivesse de eleger a melhor coisa que já vi em mídias na vida, sem dúvida seria COSMOS de Carl Sagan. Com o falecimento de Sagan, sempre imaginei que o carismático Neil deGrasse Tyson poderia apresentar uma nova série. Um sonho se realiza.
Nos tempos que vivemos onde a ignorância disfarçada de bondade é tão ativa, a série é mais que bem vinda. E a cena do dente de leão é nada menos que.. emocionante!
sexta-feira, 12 de julho de 2013
CINEMA – Truque de Mestre
O Sr. Leterrier Tira Vários Coelhos
da Cartola!
Responda
rápido, quantos dedos estou escondendo? Escolha uma carta! Vou serrar essa
mulher ao meio! Tirarei um pombo da manga do meu casaco.
Ilusionismo, prestidigitação, hipnotismo, levitação...Várias formas de
definir uma só palavra: mágica! E essa simples palavra já rendeu tantas
histórias fabulosas, de homens e mulheres que iludiram (no bom sentido!) muitas
pessoas, para, no final, tudo não passar de uma bom truque.
Truque
esse que Louis Leterrier soube fazer
muito bem ao nos iludir com seu ótimo Truque
de Mestre, um filme que conta a história de quatro espertíssimos mágicos,
cada um dentro de suas habilidades, que são reunidos para servir a um propósito
e, de quebra, são acusado de sucessivos assaltos a bancos.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
CINEMA – Guerra Mundial Z
O Exército De Um Ator Só.
Vamos
combinar que, assim como tantas outras criaturas fantásticas do mundo do cinema
e da literatura, zumbis já deram o que falar. Depois de produções como Evil Dead, Madrugada dos Mortos, Zombieland
e, mais recentemente, a grotesca e ótima The
Walking Dead, só bastava uma produção que fosse tratar os pobres
mortos-vivos como bobos.
É
exatamente isso que Guerra Mundial Z
tenta fazer, nos empurrando um argumento esquisito, que conta como a Terra foi
infectada por algum tipo de parasita que se apossa do corpo dos humanos, e
busca outras pessoas VIVAS para continuarem seu estranho legado.
domingo, 30 de junho de 2013
CINEMA – Universidade Monstros
No Susto e No Grito, Até Que Fizeram
Bonito!
Animação
é coisa séria. Sério? Bem, que o digam John
Lasseter e Andrew Stanton,
produtores do megassucesso Monstros S.A.,
de 2001. De lá pra cá, muito se viu, se riu e se sofreu nesse mundo de figuras
sem carne e nenhum osso. Só que o filme que contava a história de como assustar
não era tão legal quanto fazer rir pediu um outro capítulo, que viesse antes ou
depois, mas que revivesse a impagável dupla verde e azul, no mesmo universo “paralelo”
em que vivem criaturas bizarras na imagem, mas puras de coração.
sábado, 22 de junho de 2013
CINEMA – Star Trek: Além da Escuridão
Coitada
da Enterprise, como sofre essa nave interplanetária. Cai, explode, bate,
quebra, afunda... Em quaisquer das fases de Jornada nas Estrelas, seja na
televisão ou no cinema, ela toma uma rasteira dos produtores e diretores, que
insistem em levá-la ao limite da capacidade mecânica/gravitacional/térmica.
Nessa nova aventura, Star Trek – Além da Escuridão, isso não é tão diferente
das suas antecessoras, pois, novamente, a Enterprise é posta à prova.
O filme
é dirigido por J.J. Abrams e produzido pelo mesmo, além de outros. Entre eles, Damon
Lindelof, responsável, juntamente com Abrams, pela notória série LOST. Dessa
vez, a história conta o surgimento de um dos maiores vilões da saga
interplanetária: o impiedoso Khan, que tornaria a aparecer num episódio da
série de TV, Space Seed, e num dos filmes da franquia do cinema e, talvez, o
mais bem sucedido deles, A Ira De Khan. Em Além da Escuridão, Khan pretende
desestabilizar a Frota Estelar com um ardiloso plano de eliminação dos
principais elementos da congregação espacial.
domingo, 9 de junho de 2013
CINEMA – Mostra “Jornada nas Estrelas – Brasil: A Fronteira Final”
Tremei,
Klingons! A tripulação da Enterprise desembarcará no Rio de Janeiro para uma
mostra de filmes, tanto do cinema, séries de televisão e documentários.
A partir da próxima terça-feira (11/06), e indo até o dia 23/06,
os fãs e admiradores de uma das maiores sagas espaciais que se tem conhecimento
poderão assistir à, aproximadamente, 18 produções distintas, passeando pelos
mais diversos temas que envolvem esse imponente clássico da ficção científica, com Spock, Kirk, Srta. Uhura, Sr. Sulu, Scotch, Checov e o indefectível Dr. Leonard “Bones” McCoy. O evento ocorrerá na Caixa Cultural, localizada na Agência Central da Caixa
Econômica, no Centro do Rio, localizada à Avenida Almirante Barroso.
Mais informações no
site http://www.caixacultural.com.br/html/main.html
Vida longa e
prosperem!
quinta-feira, 16 de maio de 2013
TRAILER - Riddick
Gosto muito dos dois filmes de Riddick. O que rola é que o segundo deu um passo tão grande que prometeu-se um rumo épico pro terceiro. Parece que não se conseguiu grandes retornos e, ao invés de avançarem com a história, vão retroceder e fazer uma continuação com cara de remake do primeirão.
Lamento muito isso. A não ser que o diretor e escritor David Twohy tenha tido uma idéia incrível que embasbaque a platéia e a faça sair do cinema em êxtase pra convencer os amigos a conferirem, penso que esse novo Riddick vai ser um fracasso e enterrar a franquia de vez.
E vamos combinar né? - reitero que gosto de Riddick - mas grande "vantagem" enxergar no escuro. Os caras atravessam sistemas solares, não tem uma tecnologia boba, um óculos ou uma coisinha mais simples pra qualquer um enxergar no escuro?
Lamento muito isso. A não ser que o diretor e escritor David Twohy tenha tido uma idéia incrível que embasbaque a platéia e a faça sair do cinema em êxtase pra convencer os amigos a conferirem, penso que esse novo Riddick vai ser um fracasso e enterrar a franquia de vez.
E vamos combinar né? - reitero que gosto de Riddick - mas grande "vantagem" enxergar no escuro. Os caras atravessam sistemas solares, não tem uma tecnologia boba, um óculos ou uma coisinha mais simples pra qualquer um enxergar no escuro?
segunda-feira, 13 de maio de 2013
TRAILER - Agents of S.H.I.E.L.D
Por essa não esperava, teaser e trailers muito bacanas da série de tv da Marvel: Agentes da S.H.I.E.L.D que vai sair pela ABC. E o agente Coulson de volta, firme e forte!
sexta-feira, 10 de maio de 2013
CRÍTICA - Homem de Ferro 3 (por Urbano)
Não respeito os seguintes "argumentos":
1. "Ah, é um filme de quadrinhos! O que você esperava?"
2. "Eu fui pra me divertir, não criticar."
3. "As pessoas gostam de reclamar."
Minhas respostas:
1. É um gênero criativo e inteligente. Era isso que eu esperava.
2. Vou pra me divertir, mas se decepciona, não me divirto por obrigação.
3. Sério que considera isso um argumento? Lembre-se então de que quando você ficar insatisfeito com algo, é porque você gosta de reclamar, não porque o algo foi decepcionante.
Comentários abaixo COM spoilers
Homem de Ferro 3 acabou pontuando um lado tão infantil de fãs um tanto mais agressivos. E incluo pessoas com mais de 40 anos, até. É um filme, um entretenimento. Mas pra alguns, adquire status de importância burlesca. Dito isto, eu pago ingresso pra me divertir. Caso não me divirta, reclamo sim e não estou errado em dizer isso. É curioso como invertem as coisas. Se a pessoa sai da sala insatisfeita, é porque ela não decidiu que o filme seria maravilhoso antes de entrar. Ela não se divertiu a altura do que gostaria.
Ótimos efeitos especiais e um clima de anos 1980 (que eu gosto) e o que mais?
Acontece que a MARVEL mentiu e isso deveria ser ponto pacífico. Prometeu sim um filme onde teríamos o Mandarim aterrorizante interpretado por Ben Kingsley que se revelou uma piada dentro da história. Não valem argumentos de que o Mandarim nos quadrinhos é espalhafatoso com o poder dos anéis e tal. Excluo aqui as comparações com quadrinhos e me atenho ao que foi prometido durante todo esse tempo pro cinema. Particularmente nem me incomodou tanto; foi uma charada que matei nos primeiros minutos do filme e confiei que fossem fazer algo mais interessante. Mas daí, tirar a razão de quem ficou fulo com essa mudança? de forma alguma, os fãs estão certos. Pagaram ingresso pra assistir uma coisa e viram outra.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
TRAILER - O Jogo do Exterminador
Ficção científica: sempre uma esperança de que acertem dessa vez!
Baseado no livro de Orson Scott Card, vencedor dos principais prêmios da ficção científica literária, Hugo e Nebula; a história conta a retaliação de humanos que passam usar crianças superdotadas pra avançar as estratégias de guerra. O filme tem Harrison Ford (curioso!) e Asa Buterfield (A Invenção de Hugo Cabret e O menino do Pijama Listrado) além do "ator" do Mandarim.
O trailer é bom, mas nada impressionante. Veremos mais pra frente.
Baseado no livro de Orson Scott Card, vencedor dos principais prêmios da ficção científica literária, Hugo e Nebula; a história conta a retaliação de humanos que passam usar crianças superdotadas pra avançar as estratégias de guerra. O filme tem Harrison Ford (curioso!) e Asa Buterfield (A Invenção de Hugo Cabret e O menino do Pijama Listrado) além do "ator" do Mandarim.
O trailer é bom, mas nada impressionante. Veremos mais pra frente.
Duro de Matar- Um Bom Dia Para Morrer
Um bom dia pra estrangular o diretor
Quando o projeto teve anunciado o nome John Moore para diretor, sujeito que vomitou o remake de A Profecia e dirigiu (?!) Max Payne, era certa a data não para a estréia de um novo Duro de Matar e sim do seu funeral.
Mas confesso que, mesmo indo com a expectativa em baixa, não imaginava que seria tão ruim.
Com 13 anos de idade em 1988, Duro de Matar foi o primeiro filme a que fui assistir sozinho no cinema. Lembro do anúncio colado no trem; "40 andares de pura adrenalina!", lembro bem da propaganda de tv, lembro de como eu contei e recontei o filme pra amigos. E de como nos anos seguintes continuo re-assistindo o melhor filme de ação de todos os tempos seja com a desculpa de uma tv nova, seja pra testar um arquivo. Coloco um trecho do filme e sou levado pelo brilhantismo, humor e carisma até dos personagens secundários.
Em 1990, a surpreendente parte 2 honrou e chegou perto de alcançar esse primeirão magnífico. Até mesmo as terceira e quarta partes (1995 e 2007) são competentes ao seu modo. Fãs que somos, fazemos vista grossa pras incoerências. Queremos gostar de todos, não odiá-los.
Mas dessa vez, não se trata nem de incoerência e sim de ofensa gratuita, de chistes reversos... o novo Duro de Matar debocha de cada item que tornou o primeiro uma obra prima.
Quando o projeto teve anunciado o nome John Moore para diretor, sujeito que vomitou o remake de A Profecia e dirigiu (?!) Max Payne, era certa a data não para a estréia de um novo Duro de Matar e sim do seu funeral.
Mas confesso que, mesmo indo com a expectativa em baixa, não imaginava que seria tão ruim.
Com 13 anos de idade em 1988, Duro de Matar foi o primeiro filme a que fui assistir sozinho no cinema. Lembro do anúncio colado no trem; "40 andares de pura adrenalina!", lembro bem da propaganda de tv, lembro de como eu contei e recontei o filme pra amigos. E de como nos anos seguintes continuo re-assistindo o melhor filme de ação de todos os tempos seja com a desculpa de uma tv nova, seja pra testar um arquivo. Coloco um trecho do filme e sou levado pelo brilhantismo, humor e carisma até dos personagens secundários.
Em 1990, a surpreendente parte 2 honrou e chegou perto de alcançar esse primeirão magnífico. Até mesmo as terceira e quarta partes (1995 e 2007) são competentes ao seu modo. Fãs que somos, fazemos vista grossa pras incoerências. Queremos gostar de todos, não odiá-los.
Mas dessa vez, não se trata nem de incoerência e sim de ofensa gratuita, de chistes reversos... o novo Duro de Matar debocha de cada item que tornou o primeiro uma obra prima.
terça-feira, 7 de maio de 2013
FALECIMENTO - Ray Harryhausen
Mestres dos mestres... realmente!
Qualquer um que especialmente nasceu antes dos efeitos digitais ou mesmo nasceu depois e quis olhar um pouco mais a base de encanto dos efeitos visuais, se admirou com as criações de Harryhausen.
Meu encanto com seu trabalho foi justamente com seu último: Fúria de Titãs de 1981. Lembro que vi em Supercine quando a tv de casa ainda era em preto e branco. Medo de olhar pra medusa e virar pedra. Na ponta da poltrona na luta entre os monstros em Simbad e o Olho do Tigre.
Harryhausen faleceu em Londres aos 92 anos.
Qualquer um que especialmente nasceu antes dos efeitos digitais ou mesmo nasceu depois e quis olhar um pouco mais a base de encanto dos efeitos visuais, se admirou com as criações de Harryhausen.
Meu encanto com seu trabalho foi justamente com seu último: Fúria de Titãs de 1981. Lembro que vi em Supercine quando a tv de casa ainda era em preto e branco. Medo de olhar pra medusa e virar pedra. Na ponta da poltrona na luta entre os monstros em Simbad e o Olho do Tigre.
Harryhausen faleceu em Londres aos 92 anos.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
TRAILER - Star Trek- Além da Escuridão
Pelas barbas de Gene Roddenberry!
Que gost... digo, trailer que dá vontade de ir em velocidade de dobra pra uma sala IMAX assim que a gente assiste.
Meu tricoder desconfiômetro ainda indica falta de confiança em J. J. Abrams, apesar de ter sim curtido o filme de 2009. Não sem ressalvas.
Que gost... digo, trailer que dá vontade de ir em velocidade de dobra pra uma sala IMAX assim que a gente assiste.
Meu tricoder desconfiômetro ainda indica falta de confiança em J. J. Abrams, apesar de ter sim curtido o filme de 2009. Não sem ressalvas.
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