Quem Dera Que Fosse Um Pássaro, Um
Avião...Enfim, é o Super Homem...
Mais uma
vez, ele. Mais uma vez, o que será que deu errado? Seria Zack Snyder? Seria, como reza a lenda, a maldição do homem da capa
vermelha?
O super
herói com uma das maiores versões de sua história volta às telas, numa
recriação de Zack Snyder,
responsável por Madrugada dos Mortos,
300, Watchmen e Sucker Punch,
entre outros. Com roteiro de David S.
Goyer e história do próprio Goyer
e Christopher Nolan, Homem de Aço é um filme que deixa a
desejar, não na consistência da trama, mas no formato em que ele foi entregue.
Tomando
como base os dois emblemáticos filmes iniciais da década de 80, Homem de Aço nos conta a origem de seus
principais personagens, desde o nascimento de Kal-El em Kripton, sob
as bênçãos de seus pais Jor-El e Lara, até sua chegada na Terra e,
consequentemente, o confronto com vilões de sua terra natal, o cruel General Zod e seus asceclas. O filme,
como muitos de seus antecessores, mostra os conflitos do herói em ser ou não
benéfico para os terráqueos, ser ou não um “messias” para todas as mazelas do
ser humano. Portanto, nesse quesito, Homem
de Aço ficou bem encaixado dentro do propósito. Ocorre que, em muitos
momentos, o apelo visual e sonoro torna o filme intragável e sem rumo, lembrando
os filmes do “Rei do Esporro”, Jerry
Bruckheimer. Principalmente nas cenas de ação vertiginosa, quando é
necessário apuro técnico na medida, tudo deságua para o amadorismo sem
precedentes, com exceção da trilha sonora, que, mesmo sem o monstro sagrado John Williams e sua composição mais do
que conhecida para os antigos filmes, fica a cargo de outro fera, Hans Zimmer.
Fazer
comparações entre os elencos é inevitável. Primeiro, Henry Cavill e tantos outros como Brandon Routh e Dean Cain
não terão o mesmo carisma e força do que Christopher
Reeve, isso é fato consumado, e o por demais afetado General Zod de Michael
Shannon nem chega na sombra de Terence
Stamp. Mas Amy Adams e Russel Crowe seguram bem seus personagens. Crowe dá mais agilidade a Jor-El, e Amy Adams é uma Lois Lane
mais segura de si, e menos neurótica. Diane
Lane também dá conta de sua Martha
Kent, apesar de não ser uma atriz que tenha a idade para ser a mãe do Superman. O restante não consegue tirar
proveito da chance de imortalizar seus personagens, como Kevin Costner e Laurence
Fishburne, esse último totalmente desconfortável como Perry White.
Para
continuar a ter vida longa no cinema, esse Homem
de Aço não poderá enferrujar, e terá que nos trazer de volta o bom e velho Lex Luthor, garantindo doses de vilania
explícita.
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