Coitada
da Enterprise, como sofre essa nave interplanetária. Cai, explode, bate,
quebra, afunda... Em quaisquer das fases de Jornada nas Estrelas, seja na
televisão ou no cinema, ela toma uma rasteira dos produtores e diretores, que
insistem em levá-la ao limite da capacidade mecânica/gravitacional/térmica.
Nessa nova aventura, Star Trek – Além da Escuridão, isso não é tão diferente
das suas antecessoras, pois, novamente, a Enterprise é posta à prova.
O filme
é dirigido por J.J. Abrams e produzido pelo mesmo, além de outros. Entre eles, Damon
Lindelof, responsável, juntamente com Abrams, pela notória série LOST. Dessa
vez, a história conta o surgimento de um dos maiores vilões da saga
interplanetária: o impiedoso Khan, que tornaria a aparecer num episódio da
série de TV, Space Seed, e num dos filmes da franquia do cinema e, talvez, o
mais bem sucedido deles, A Ira De Khan. Em Além da Escuridão, Khan pretende
desestabilizar a Frota Estelar com um ardiloso plano de eliminação dos
principais elementos da congregação espacial.
Abrams,
mais uma vez, acerta a mão no timing e na forma de contar a história, escrita
por Lindelof e outros dois roteiristas experientes: Robert Orci e Alex Kurtzman,
responsáveis por séries como Fringe e Alias, e filmes como Missão Impossível 3,
Star Trek e Cowboys & Aliens. Com agilidade e uma ótima montagem, o filme
torna-se uma diversão para fãs e iniciados que ainda não conhecem o universo de
Kirk & Cia. O diretor conseguiu recriar a atmosfera da série antiga em
algumas peculiaridades do novo filme, que não contarei por não divulgar certos
spoilers. Entre elas, a consolidação da amizade entre Kirk e Spock, e só. Indispensável falar de efeitos especiais num filme de ficção, eles SOBRAM!
Sobre o
elenco, alguns atores já “vestiram” seus personagens de forma emblemática, com destaque
para Zachary Quinto e seu Spock extremamente volcano e lógico, e Karl Urban e o
histérico “Bones” McCoy. Chris Pine e John Cho atuam contida e burocraticamente
na pela de Kirk e Sulu, e Simon Pegg extrapola um pouco como o inveterado e
beberrão Scotty. Quanto à Zoe Saldana, que esbanja charme e sensualidade, talvez
ela nunca alcance o carisma que Nichelle Nichols conquistou com sua eterna
Uhura, por isso ainda tem que comer muita farinha para ser consistente. Além deles, também esbanja força e interpretação Benedict Cumberbatch, como o atroz Khan, e deixo registrada a presença de Peter Weller, o eterno Robocop, no papel de Marcus.
Enfim,
um filme que, de certa forma, joga toda a tripulação da Enterprise de volta ao
início, nos primórdios da clássica série, e que levará todos eles aonde nenhum
homem jamais esteve!
Obs.: Assisti o filme em 3D, quase que uma imposição. Mas não fez falta, aqueles que optarem pela projeção normal também sairão satisfeitos.
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