quarta-feira, 8 de maio de 2013

Duro de Matar- Um Bom Dia Para Morrer

Um bom dia pra estrangular o diretor

Quando o projeto teve anunciado o nome John Moore para diretor, sujeito que vomitou o remake de A Profecia e dirigiu (?!) Max Payne, era certa a data não para a estréia de um novo Duro de Matar e sim do seu funeral.

Mas confesso que, mesmo indo com a expectativa em baixa, não imaginava que seria tão ruim.

Com 13 anos de idade em 1988, Duro de Matar foi o primeiro filme a que fui assistir sozinho no cinema. Lembro do anúncio colado no trem; "40 andares de pura adrenalina!", lembro bem da propaganda de tv, lembro de como eu contei e recontei o filme pra amigos. E de como nos anos seguintes continuo re-assistindo o melhor filme de ação de todos os tempos seja com a desculpa de uma tv nova, seja pra testar um arquivo. Coloco um trecho do filme e sou levado pelo brilhantismo, humor e carisma até dos personagens secundários.

Em 1990, a surpreendente parte 2 honrou e chegou perto de alcançar esse primeirão magnífico. Até mesmo as terceira e quarta partes (1995 e 2007) são competentes ao seu modo. Fãs que somos, fazemos vista grossa pras incoerências. Queremos gostar de todos, não odiá-los.

Mas dessa vez, não se trata nem de incoerência e sim de ofensa gratuita, de chistes reversos... o novo Duro de Matar debocha de cada item que tornou o primeiro uma obra prima.

Essa delícia da Yuliya Snigir se descascando é a única cena que presta no filme. Sério mesmo.

----------------------------- John McClane vai pra Rússia resgatar o filho de uma encrenca política. Filho que o detesta naquele clichê de briguinha de família de sessão da tarde. Logo se envolvem numa perseguição de carros capotando e batendo que simplesmente não se faz entender.  John Moore mostra uma demorada cena de ação que a gente torce pra acabar logo tamanha a força de sua estupidez e chatice. Mal se entende quais os carros perseguidos, quais os que perseguem. Tudo é jogado a esmo com cortes frenéticos em prol da incompreensão numa das piores montagens que já tive o desprazer de tentar acompanhar. É uma bagunça e f#d@-se o expectador, ele já pagou o ingresso, afinal. Esse aborrecimento evolui pra constrangimento doído quando McClane  repete em quase todas as cenas: "Jack!" e "Eu estou de Férias!"

Eu não sei o que é isso, mas não é John McClane. Tiroteios culminando em explosões que apenas sujam pessoas, armas surgindo em lugares convenientes quando os heróis precisam. Uma reviravolta que deve fazer algum sentido pois eu já não conseguia  me importar o suficiente pra tentar entender...
E nenhuma, repito: NENHUMA cena de ação inovadora, interessante sob quaisquer ângulos.

Mas o pior não é isso. O filme descentraliza John pra forçar a atenção no filho que acaba protagonizando a ação. Na última cena, a imagem centraliza em Jack e congela enquanto sobem os crétidos. Seria mais digno se escancarassem que era um derivado da  franquia com participações até menores de John McClane do que desfazerem tanto assim do personagem.

Nota: 3 atmospheras





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