domingo, 21 de agosto de 2011

Crítica - Lanterna Verde (por Urbano)

No dia mais claro, na noite 
mais densa... procure opções.


Martin Campbell fez dois filmes que acho muito legais: Limite Vertical e 007 Cassino Royale. Ter um diretor com ao menos esses dois exemplos de filmes bem equilibrados na ação com uma franquia de quadrinhos poderia muito dar certo, especialmente se o diretor fosse fã de quadrinhos (Zack Snyder não entra na minha teoria). Não parece que Martin Campbell tenha qualquer apreço por quadrinhos. Essas coisas acontecem na indústria de entretenimento.  Em 2002 o diretor que declaradamente não gosta de ficção científica, Stuart Bird foi escalado pra dirigir Jornada nas Estrelas: Nêmesis e o resultado sem sal ajudou a encerrar a tripulação da Nova Geração nos cinemas. Se o cara não curte, pra que chamá-lo?

Soma um ator indesejado pelos fãs pra fazer Hal Jordan, além de não se parecer com o personagem e de forma alguma passar a seriedade exigida. Nada contra o ator, Reynolds poderia interpretar o Flash por exemplo... mas a Warner não quis ouvir os fãs e deu no que deu. O Hal Jordan de Reynolds é basicamente seu personagem de comédia romântica com efeitos visuais. E, se eu já espera isso, digo que fui ao cinema com expectativa baixa mesmo, querendo apenas desfrutar o visual espetacular que me prometeu o trailer que assisti 3 semanas antes numa sala 3D. Acontece que todas as melhores cenas já estavam no trailer. Então, se você já assistiu ao trailer do Lanterna Verde numa sala de cinema, você já viu tudo de melhor do filme.


E olha que o início é bom...
A apresentação da trama é tão boa quanto um bom gibi. Logo uma cena de ação mostrando as habilidades de Jordan e seu drama particular em relação ao pai (nesse caso, o ator Jon Tenney que talvez ficasse bem melhor como Lanterna) seus problemas de comportamento e trocando com o ocorrido ao alienígena Abin Sur numa pitada com uma pontadinha de infanto juvenil, mas que não chega a incomodar. A história prossegue à escolha de Hal como Lanterna e enfim ao excelente ator Peter Sarsgaard, seu Héctor Hammond questiona até mesmo a forma humanóide de Abin Sur (qualquer um com uma base científica mínima, sabe que as chances de um alienígena ter uma forma semelhante à humana são praticamente inexistentes), isso é muito legal e me surpreendia o apuro do roteiro nesse ponto. Com toda base estabelecendo tão bem, comecei a achar o mundo fora do cinema louco, porque afinal, ninguém tinha gostado do filme.

O rabo torceu a porca... e com vontade.
Então temos a cena que todo fã de quadrinhos gosta, o sagrado momento da apresentação do herói ao mundo e é... patética. A cena é tão ruim e mostra Hal Jordan como um super herói tão incompetente que mais a frente ele pede desculpas ao amigo pela aparição decepcionante. O filme parece se criticar e isso é curioso. Mas pra que serve a autocrítica se prossegue nos mesmos erros? Tem um ótimo momento da exploração da falibilidade de uma máscara em proteger a identidade do herói e enquanto há umas pitadas inteligentes, outras são mesmo um insulto. Parallax exibe tanto poder quanto imbecilidade em seus desígnios de monstro espacial. Sarsgaard como Héctor fica na promessa de ser um vilão daqueles, mas a falta de senso do roteiro prendeu o ator com pouco a fazer além de grunhir na cama e lamentar a vida. Me assustou mais quando foi revelado que era filho do personagem de Tim Robbins. E este faz um dos mais dispensáveis de toda sua carreira. Aliás, Robbins e Angela Bassett apenas constam. O que teve de melhor mesmo foi Mark Strong, animal como Sinestro, mas que nem chega a cair na porrada assim como todos os ótimos personagens da tropa.

Tem uma cena pós crédito que promete uma sequência, que eu espero, ocorra apesar de tudo. Uma segunda chance pra  saga que tem muitas possibilidades, dimensão própria e pode ser mais que um desbunde visual de trailer. Falando em visual, a bonita atriz que faz Carol Ferris, teve pouco antes da estréia, um pequeno escândalo com uma foto dela nua tirada pela própria e vazada na internet. Ela diz que não, que foi uma sósia. Digite Blake Lively naked no google e decida você;


Notas:
5,4 pro Lanterna Verde
7,6 pra Blake Lively pelada.


Clique:  Webcomic Atmosphera2





4 comentários:

  1. olá urbano eu gostaria de saber que progrma que vocÊ usa para fazer os balões nos quadrinhos e afonte dos baloes se nao for pedir demais

    ResponderExcluir
  2. Oi Guilherme. Uso photoshop e a fonte reverbo, Edduc ou ccastrocity. Abs!

    ResponderExcluir
  3. Muito obrigado urbano, ajudou muito :)
    Adorei seus posts!

    ResponderExcluir
  4. Opa Urbano, realmente este filme seguiu o caminho contrario do qu deveria e o mesmo anda acontecendo com alguns filmes inspiraos em quadrinho.

    http://desagrupador.com.br

    ResponderExcluir